Influência

Festival do Clube de Criação conecta pessoas e ideias

Por Redação

25/09/2023 17h16

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 Evento reúne 6 mil pessoas e debate mudanças

Mais do que falar sobre os setores que movimentam a economia criativa, foi sobre o poder transformador que a comunicação tem para buscar uma nova narrativa num mundo em transformação. A publicidade tem um papel importante de poder mudar o entendimento da sociedade para ser mais inclusiva, mais diversa, mais sustentável e mais humana. A 11ª edição do Festival do Clube de Criação, que aconteceu nos dias 23 e 24 de setembro, no Memorial da América Latina, em São Paulo, proporcionou uma experiência inspiradora para os participantes que circulavam no evento entre tantas palestras e debates. O evento também teve a apresentação dos trabalhos premiados no 48º Anuário, diversos shows, avaliação de portfólios e muito network.

Fábio Porchat | Crédito: Ciete Silvério/Divulgação

Mudar os modelos mentais de estereótipos é fundamental para uma transformação mais estrutural da sociedade. Alessandra Gomes, diretora executiva de criação da McCann Health, acredita que é preciso “trocar a lente” para abrir novas possibilidades. “É preciso enxergar de outro ângulo para que o sentido criativo fique mais rico e que o nosso ponto de vista não se sobreponha. Precisamos mudar os vieses”, falou durante o painel sobre os modelos mentais de estereótipos.

Patrick Bagne, head de marketing e trade da Johnson & Johnson, reforça a importância de ter coragem para desafiar o sistema. “Nos publicitários impactamos as pessoas com programas educacionais. Estamos presentes em todos os espaços, por isso temos um poder enorme”, comentou.

Fernando Taralli – Presidente da VMLY&R | Crédito: Ciete Silvério/Divulgação

Outro desafio, entre tantos apresentados no evento, foi o de como atrair e reter talentos nas agências de publicidade que têm estruturas cada vez mais horizontais e menos hierárquicas. No painel sobre liderança e os novos modelos de negócio e trabalho, Lica Bueno, CEO da Talent, disse que muitas startups e big techs levaram grandes talentos e as agências ainda não conseguiram atrair de volta ou captar novos. Um dos caminhos sugeridos por Fernando Taralli, presidente da VMLY&R, é criar ambientes mais saudáveis, espaços físicos mais agradáveis e relações mais respeitosas. O ano de 2024 deve ser o ano das “conversas duras”, ou seja, momento de discutir as relações de trabalho. Taralli reforçou a importância de buscar relações de mais equilíbrio e respeito, principalmente entre clientes e agências.

 

Foram aproximadamente cerca de 60 painéis acontecendo simultaneamente em quatro salas de conteúdo, com 200 convidados nacionais e internacionais e cerca de 6 mil delegados. Na mesa dos debates pautas como diversidade, inclusão, sustentabilidade, música, fotografia, cinema, televisão, moda, games, podcast e tecnologia, entre outros. De acordo com a curadora do Festival do Clube de Criação já há 11 anos, a jornalista Laís Prado, o evento não tem um tema único.

“Diferente de outros festivais, nós trazemos assuntos variados ligados ao mercado de propaganda “, conta. “Ficamos felizes e com a sensação de dever cumprido de conectar pessoas, ideias e inspirar. Quem não veio este ano já faço o convite que venham ano que vem”, finaliza Laís.

Conteúdo escrito por Ana Paula Jung

Ana Paula Jung esteve presente nos dois dias de evento e realizou um apurado completo das principais tendências discutidas no Festival. Ana é publicitária e jornalista, consultora de Comunicação Estratégica, produtora de conteúdo e locutora de podcast.