Bahia, Pernambuco e Ceará concentraram 75% da quantidade de transações do Nordeste; a Região representa 9% do total de M&A do País em 2024
O mercado de fusões e aquisições no Nordeste teve uma performance melhor do que a média nacional em 2024. Enquanto a quantidade de transações registrou queda em todo o país em 2024 em relação ao ano anterior, no Nordeste, a retração foi de 16%, anterior à queda de 23% na total nacional. Os dados são da TTR Data, plataforma internacional especializada em M&A, e foram trabalhados pela Deloitte – organização com o portfólio de serviços profissionais mais diversificado do mundo.
Três estados concentraram 75% da quantidade de transações de M&A no Nordeste em 2024: Bahia, Pernambuco e Ceará. “Apesar de declínio na quantidade de fusões e aquisições, observamos investimentos importantes e de impacto nos setores de Tecnologia da Informação e de Energia e Infraestrutura, impulsionando resultados da economia regional. Parte das iniciativas estão vinculadas à energia renovável. No entanto, a diversificação de M&As para outros segmentos ainda enfrenta desafios”, diz Reinaldo Grasson, sócio de Corporate Finance da Deloitte.
O setor de Energia e Infraestrutura foi responsável por 20% da quantidade de transações de M&A no Nordeste em 2024. Na quantidade geral de transações de M&A no Brasil no ano passado, o top 3 é formado por Tecnologia da Informação (30%), Bens e Serviços de Consumo (14%) e Serviços Financeiros (13%). Esse “ranking” ressalta a posição do Nordeste como polo relevante de investimentos em fusões e aquisições no setor de Energia e Infraestutura, muito em razão das condições naturais da região, bem servida de ventos fortes e sol constante, que propiciam a geração de energia eólica e fotovoltáica.
“O protagonismo do Nordeste em setores estratégicos como Energia e Infraestrutura é crescente, com destaque também para projetos de hidrogênio verde. A expansão de hubs de tecnologia, como o Porto Digital, em Recife, tende a promover conexões entre empresas e startups. Esse movimento é essencial para para fortalecer o incentivo à inovação e competitividade, atrair novos investimentos em áreas-chave de negócios e garantir desenvolvimento econômico essencial para a Região”, diz Edson Cedraz, sócio-líder da Deloitte para Norte, Nordeste e Brasília.
