Assessora de Carreiras e Egressos, Carolina Quixadá, aponta que adaptabilidade no local de trabalho propõe desejo e busca entre os profissionais mais jovens
O mundo do trabalho está passando por uma transformação significativa nos últimos anos, impulsionada em grande parte pela tecnologia e pelas mudanças nas expectativas dos colaboradores. Uma das tendências mais notáveis é o trabalho híbrido, que combina a flexibilidade do trabalho remoto com a colaboração presencial. Essa abordagem está moldando a geração dos novos profissionais, impactando não apenas onde, mas como eles trabalham e se desenvolvem profissionalmente.
A geração atual de profissionais, conhecida como Geração Z e Millennials, está moldando e sendo moldada pelo trabalho híbrido. Esses jovens profissionais cresceram em um ambiente tecnológico e estão acostumados a utilizar ferramentas digitais para se comunicar e colaborar. Para eles, o trabalho remoto e a flexibilidade não são apenas desejáveis, mas esperados. Segundo pesquisa da PwC, 77% dos funcionários desejam continuar a ter a opção de trabalhar remotamente pelo menos uma parte do tempo após a pandemia.
Apesar de ser um modelo de trabalho desejável, apenas algumas áreas podem possibilitar essa alternativa sem que o desempenho das atividades sejam prejudicados, como a área da comunicação e tecnologia.
Ao ser questionada sobre a aderência desse modelo de trabalho, Carolina Quixadá, Assessora de Carreiras e Egressos da Universidade de Fortaleza, comenta como a nova geração reage à jornada de trabalho híbrida.
“A preferência pelo trabalho remoto, ela não se dá apenas pelos profissionais mais velhos, ela se dá também com os profissionais mais novos. Essa é uma geração mais nova que quer mais flexibilidade. Então é uma geração que exige um trabalho justamente híbrido que ele não precise ir ao escritório, todos os dias”, afirma.
Segundo estudo da Owl Labs, 71% dos funcionários que têm a opção de trabalhar remotamente relatam estar satisfeitos com seus empregos, em comparação com 55% daqueles que não têm essa opção. Sobre essa satisfação durante o trabalho híbrido ou remoto, Carolina relata que existe forte procura dos estudantes por vagas neste formato.
“A gente tem percebido um aumento da divulgação dessas vagas de trabalho ou estágio híbrido ou remoto. A procura dos alunos por esse tipo de trabalho. Então os alunos perguntam “Existe vaga de estágio híbrido, professora?”; “Professora, existe trabalho ou vaga de estágio totalmente remoto?”; “Professora, existe vaga de emprego?”, e a resposta é sim. Geralmente essas vagas que as empresas estão colocando na descrição trata-se de um trabalho híbrido ou de um trabalho remoto. A gente nota que a adesão e a procura dos alunos por esse tipo de vagas também está aumentando, há uma consciência de que o mundo do trabalho é complexo e variado, com diferentes tarefas a serem desempenhadas de forma remota”, explica.
O trabalho híbrido está moldando a geração dos novos profissionais, oferecendo a eles a flexibilidade e a autonomia que desejam, ao mesmo tempo em que proporciona benefícios significativos para as empresas. No entanto, enfrentar os desafios associados a esse modelo requer adaptação, inovação e um compromisso contínuo com o desenvolvimento profissional e o bem-estar dos colaboradores. À medida que a geração dos novos profissionais continua a evoluir, o trabalho híbrido provavelmente será uma parte fundamental de seu ambiente de trabalho.
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