A cada nova temporada, os realitys shows brasileiros não deixam sombra de dúvida: são programas com um poder de canhão para pautar debates, gerar narrativas, mobilizar afetos e engajamento. Ao mesmo tempo, também dão holofotes para as polêmicas e ações duvidosas de seus participantes. Portanto, um bom posicionamento se torna questão de sobrevivência.
A nova edição do reality A Fazenda, da Record TV, vem colecionando polêmicas com seus participantes. Mesmo antes do início da edição, os peões e peoas já eram conhecidos na internet por se envolver em polêmicas dos mais diversos tipos.
Qualquer empresa ou pessoa está sujeita a passar por momentos de anormalidade e tensão em suas ações. Para isso, existe o gerenciamento de crise, que visa minimizar ou até mesmo eliminar impactos causados por qualquer adversidade.
O diretor da Caramelo Comunicação, Paulo Jr. Pinheiro, é especialista em gerenciamento de crise, e comentou sobre a importância de um bom gerenciamento quando um cliente se envolve em polêmicas.
“A primeira coisa a se fazer é manter a calma para analisar a situação, entender o contexto e o discurso ou comportamento que causou a repercussão negativa. Manter a calma é importante para evitar a adoção de medidas equivocadas na reversão da crise”, afirma.
Quando o cliente está em um ambiente como um reality show, a comunicação se torna sem controle, já que a comunicação não tem como controlar o impacto das falas e ações do participante na mídia. Para Paulo, é importante adotar uma estratégia de antecipação.
“O mais importante é preparar a personalidade para que compreenda, acima de tudo, os riscos e os benefícios de uma exposição com a potência de um reality. Dimensionar a responsabilidade do que se diz e de como se age em um programa de TV, acompanhado 24 horas por dia, acaba contribuindo para a gestão da imagem”, continuou.
O especialista continua afirmando que é de extrema importância a rapidez da equipe de assessoria de imprensa. Ele lembra que os principais direcionamentos para se comportar diante do público são dominar a mensagem, se expressar bem e com responsabilidade.
“Tenho dito que errar é humano e que, após o erro cometido, devemos focar majoritariamente na construção do discurso de reversão, para que seja o mais genuíno possível. As pessoas são muito críticas e estão atentas à mensagem. Quanto mais bem construída e verdadeira for, das palavras empregadas à postura, do tom de voz às vestimentas, melhor será o resultado”, finaliza.
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