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GPTW: pesquisa revela o processo de recrutamento e onboarding nas empresas

Por Redação

20/01/2023 10h00

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Segundo levantamento do Great Place To Work, 79% do recrutamento de colaboradores é realizado de maneira remota e híbrida; modelos têm sido os favoritos desde o início da pandemia

 

De acordo com a pesquisa Employee Experience (termo em inglês para “experiência do funcionário”) do Great Place To Work (GPTW), consultoria global que apoia organizações a obterem melhores resultados por meio de uma cultura de confiança, o recrutamento híbrido (51%) e remoto (28,1%) já estão presentes em 79,1% dos processos seletivos, reduzindo a seleção estritamente presencial para apenas 20,9% dos casos. Quanto à divulgação de vagas, o meio mais utilizado é o online, como em redes sociais, sites e portais (79%).

“Após a pandemia, vem ganhando força a tendência do ‘anywhere office’, que possibilita mais flexibilidade e autonomia. Se durante o isolamento isso se tornou uma obrigatoriedade para muitas pessoas, agora são elas que – voluntariamente – desejam opções além do escritório para realizarem suas atividades. Com isso, a divulgação de vagas e os processos seletivos vieram a reboque e também precisaram se digitalizar”, explica Daniela Diniz, diretora de conteúdo e relações institucionais do GPTW.

Olhando para a porta de entrada dos colaboradores, a triagem de currículos (94,9%) ainda aparece como o processo mais comum na busca de talentos, seguida pela entrevista online (78,7%) e pelo processo de indicação (73,6%). Dinâmica de grupo (23,4%) e entrevista presencial (67,4%) vem se tornando bem menos comuns.

No que diz respeito à duração dos processos seletivos, nas vagas operacionais ou administrativas, o mais comum (59,7%) é a realização de até 3 etapas. Já a realização de mais de 5 é menos frequente (4%). No caso das vagas gerenciais e de diretoria, os resultados mudam um pouco, pois os processos com 3 a 5 etapas são mais comuns (56,4%), seguidos pelos processos com até 3 etapas (29%).

Em relação ao tempo necessário para preencher as vagas disponíveis, a maior parte (64,2%) das posições operacionais ou administrativas é preenchida em até 1 mês. Já o preenchimento que leva entre 3 e 6 meses acontece em menos casos (7,2%). Nas vagas gerenciais e de diretoria, a maioria (53,5%) é preenchida em até 3 meses.

Normalmente, cargos hierarquicamente mais altos têm exigências mais complexas, o que faz com que o tempo médio de preenchimento seja maior que o de vagas operacionais e administrativas, assim como a quantidade de etapas no processo seletivo, que também é maior.

Onboarding

A pesquisa também mostra que 78,7% das empresas já têm processos de onboarding – recepção e ambientação dos novos talentos ao ambiente da empresa – instituídos, sendo que a modalidade híbrida (37,3%) é a mais frequente, seguida do onboarding presencial (37%) e o remoto (25%).

O meio de integração é feito através de diversas ferramentas, sendo que as apresentações — como slides e vídeos — tem se tornado o principal recurso, aparecendo em 98,4% das respostas. Em segundo lugar, vêm as reuniões e conversas (83,2%) e, em terceiro, o envio de materiais físicos ou online, como guias e manuais (71,9%). As alternativas menos utilizadas são a mentoria (22,6%) e as plataformas específicas de onboarding (24%).

Já a duração do onboarding, período de adequação do novo colaborador ao ambiente de trabalho, segundo 66,1%, das empresas, é de até 1 semana. Só em poucos casos o tempo de onboarding gira em torno de 4 a 6 meses (1,7%).

Metodologia de pesquisa

  • A pesquisa Employee Experience foi realizada entre julho e agosto de 2022 e foi dividida em 2 etapas, contemplando as 4 fases da jornada de colaboradores: recrutamento e seleção, onboarding, desenvolvimento e engajamento e despedida;
  • A pesquisa contou com 1.248 respondentes na primeira parte da pesquisa e 1.056 na segunda, totalizando 2.304 pessoas participantes;
  • Os 5 segmentos com maior participação na pesquisa, representando mais de 60% são: 26% da área de tecnologia, 13,2% da indústria, 10,1% serviços, 6,1% de saúde e 6,1% outros. Dentre as pessoas respondentes, 52,8% trabalham em empresas certificadas GPTW e 47,2% ainda não. Além disso, 60,6% das pessoas atuam no setor de Recursos Humanos;