Em meio às Paralimpíadas, pesquisa convida para uma reflexão sobre a importância da implantação de boas práticas para inclusão e igualdade de pessoas com deficiência em todas as esferas
O Great Place to Work, empresa global de pesquisa, consultoria e capacitação que trabalha com a missão de “construir uma sociedade melhor, transformando cada organização em um Great Place to Work for All”, divulga o ranking das Melhores Empresas para Pessoas com Deficiência 2021.
O objetivo é identificar e reconhecer as empresas com as melhores práticas, como forma de incentivar outras organizações a evoluir sempre em busca de melhores alternativas de inclusão.
Este anúncio acontece num momento especial, em que acontecem as Paralimpiadas em Tóquio, na qual o Brasil participa com a maior delegação entre os países participantes, composta por 253 atletas, convidando a uma reflexão sobre a inclusão das pessoas com deficiência em várias esferas, como no meio corporativo, a que se propõe o reconhecimento.
Esta é a 3ª edição do ranking, que identificou as 10 melhores empresas, entre 72 inscritas, e conta com a parceria consultiva/estratégica da empresa iigual Inclusão e Diversidade, liderada por Andrea Schwarz e Jaques Haber, empresa de recrutamento, seleção e cultura inclusiva, especializada em pessoas com deficiência.
A metodologia da pesquisa avalia todas as dimensões que fazem de uma empresa boa para as pessoas com deficiência trabalharem, levando em conta a observância da acessibilidade pelos aspectos físico, emocional, cultural e de comunicação.
Entre as principais práticas avaliadas estão: o sentimento de igualdade, independentemente de suas características; observação dos talentos das pessoas e não suas deficiências; igualdade de oportunidades; políticas de promoção inclusivas; lideres treinados para aplicar políticas igualitárias; monitoramento de práticas discriminatórias; realizações de ações afirmativas de inclusão e arquitetura acessível.
Dados da pesquisa
A pesquisa foi composta por duas etapas, que impactaram na nota final: quantitativa, demanda que a empresa atinja a amostra mínima de funcionários e obtenha nota igual ou superior a 70%, e qualitativa, uma vez atingidas as condições da primeira etapa, a empresa passa para a fase de avaliação das práticas culturais.
No nível de escolaridade, 40% possui ensino superior completo, 28% pós graduação, 24% ensino superior incompleto, 4% ensino médio completo ou menos e com a mesma porcentagem, ensino fundamental completo ou menos.
Quanto a gênero dos funcionários, 53% das empresas são compostas por mulheres e 46% por homens. Apesar das mulheres representarem a maioria, na alta liderança, os cargos são ocupados 79% por homens e 21% por mulheres. Na média liderança, os homens representam 59%, enquanto as mulheres 41% e, somente em outras posições a porcentagem se inverte, sendo 56% dos cargos ocupados por mulheres e 44% por homens.
Na distribuição etária dos funcionários, 42% tem entre 26 e 34 anos; 27% entre 35 e 44 anos; 17% até 25 anos; 11% entre 45 a 54 anos de idade e 3% acima de 55.
Referente ao perfil dos presidentes das 10 empresas premiadas, a idade média está na faixa dos 53 anos, o tempo médio de ocupação do cargo é de 5 anos e apenas 2 mulheres exercem a função.
O estudo destaca que a média de existência das empresas é de 65 anos, sendo que 70% permitem que os funcionários participem de programas de voluntariado no horário de trabalho e 80% contam com alguém responsável por combater a discriminação e promover a diversidade
Merece destaque ainda que, 90% das empresas oferecem programas de coaching ou oferecem bolsas de estudos para graduação ou pós, 80% tem universidade interna, oferecem bolsa para cursos de idiomas ou tem mentoring e 12% dos funcionários foram promovidos
O GPTW apresenta uma nova métrica para avaliar as Melhores Empresas para Trabalhar For All de seus pares, desenvolvida por seu time de cientistas e analistas de dados: o IVR (Velocidade da Inovação). A métrica mede o nível crucial da velocidade e agilidade organizacional, quantificando a capacidade dos colaboradores de se adaptar e inovar. Quanto maior o resultado, mais forte é a capacidade da organização em adaptação e inovação. Os três estágios da inovação são: Acelerado, Funcional e Atrito, sendo acelerado o mais alto nível do índice. Entre as premiadas, 0% apresentou estágio acelerado, 70% funcional e 30% estágio de atrito.
Em relação ao turn over e fatores de permanência na empresa, 3% dos funcionários saíram de forma voluntária, fator que representou 9% do total de demissões. As admissões no último ano representam 9%. Referente aos motivos que levam os funcionários a permanecerem nas melhores empresas para pessoas com deficiência, 47% afirmam que é a oportunidade de crescimento, 19% qualidade de vida, 18% alinhamento com valores, 13% remuneração e benefícios e, apenas 2%, estabilidade.
Lista das empresas premiadas em ordem alfabética:
Accenture do Brasil
Banco Bradesco S.A.
Bristol Myers Squibb
Central Ailos
Cit
Dell Technologies
EY
IBM Brasil
Itaú Unibanco
Takeda Distribuidora
Baixe aqui o material completo
Great Place to Work Brasil é reconhecida como única empresa global de pesquisa, consultoria e capacitação, que estimula as organizações a identificar, criar e manter excelentes ambientes de trabalho por meio do desenvolvimento de culturas de alta confiança. Com a missão de “construir uma sociedade melhor, transformando cada organização em um Great Place to Work for All, está presente em 100 países, analisa mais de 7000 empresas anualmente, o que corresponde a mais de 12 milhões de funcionários impactados no mundo. Para mais informações, acesso a estudos, análises e pesquisa, acesse: https://gptw.com.br/
