9ª edição

Impacto da IA nos planejamentos estratégicos nas organizações

Por Redação

18/09/2023 14h42

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A Inteligência Artificial está na pauta e já é realidade, em menor ou maior proporção, nas organizações, contribuindo, inclusive, para a elaboração de planejamentos estratégicos, apontando as oportunidades, passos que devem ser dados e ações para alcançar os objetivos.

Há um grande glossário que precisa ser compreendido para fazer parte do dia a dia das instituições. Análise de Big Data, automação inteligente, modelagem de cenários… Se os termos ainda não soam familiares, é hora de começar a tê-los como rotina, aproveitando tudo que a IA oferece para que as instituições alcancem uma visão mais holística e embasada para a tomada de decisão.

Arthur Frota, CEO da Tallos, especialista em conversational e produtos de atendimento digital, chatbots e inteligência artificial, explica que a IA aplicada nos planejamentos estratégicos das organizações tem se mostrado uma ferramenta eficaz para prever tendências e otimizar as decisões, o que é fundamental neste cenário empresarial tão complexo.

“Através da análise de um alto volume de dados em tempo real, é possível verificar padrões e percepções que seriam difíceis de identificar por métodos manuais e tradicionais”, diz.

Em concordância com os impactos positivos da IA nos planejamentos estratégicos, o economista Eduardo Gomes de Matos, fundador da Gomes de Matos Consultoria, observa que os planejamentos estratégicos tornam o ambiente corporativo mais inteligente, uma vez que a automação de tarefas rotineiras e repetitivas, através da IA, libera os funcionários para se concentrarem em atividades de maior valor, como análise estratégica e tomada de decisões.

Outros ganhos que a IA traz, segundo o especialista, são a possibilidade de ter insights mais profundos e a redução de viés.

“A IA é capaz de analisar dados não estruturados, como texto e imagem, fornecendo uma compreensão mais completa do ambiente de negócios. E, ao usar algoritmos e modelos de IA, as empresas podem reduzir o viés humano na análise de dados, promovendo decisões mais justas e imparciais”, defende.

Raduán Meto, sócio da PWR Gestão, empresa de consultoria em gestão empresarial com atuação em mais de 15 estados brasileiros e nos EUA, faz uma análise do cenário das empresas brasileiras. Segundo ele, há ainda um longo caminho a se percorrer, pois muitas delas ainda não estão inseridas na realidade da IA, nem mesmo em processos mais básicos como o cadastro de clientes. Outro ponto levantado por ele é sobre que ferramentas usar, não se deixando levar pelo que “está na moda”, mas sim avaliando as peculiaridades do negócio e a cultura da instituição.

Mais IA, mais humanização
Quanto mais se usa IA, mais se pode oferecer algo fundamental para os clientes, que é a humanização e personalização. Arthur Frota esclarece que as ferramentas têm contribuído para otimizar as abordagens das empresas, que podem oferecer um atendimento mais personalizado, eficiente e ágil, baseando-se nas preferências e interesses dos seus clientes.

Ninguém gosta de esperar, então os chatbots auxiliam neste retorno mais rápido ao cliente, por exemplo. Eles são capazes de responder perguntas frequentes, como o horário de funcionamento e endereço durante 24 horas por dia, 7 dias por semana.

“Isso melhora a experiência do cliente e reduz o tempo de espera. Além disso, a IA também permite a análise em tempo real das interações dos clientes, o que garante dados sobre as necessidades e preferências dos consumidores. Assim, as empresas podem ajustar suas estratégias de atendimento de acordo com os dados coletados para se manterem em um ciclo contínuo de melhoria”, afirma.

Eduardo Gomes de Matos aponta ainda o benefício da personalização em grande escala, com adaptação de produtos, serviços e estratégias de marketing de acordo com o perfil de cada cliente.

“Isso melhora a satisfação do cliente e impulsiona os resultados”, garante.

Planejar, e executar, com AI: bem melhor, mas ainda há riscos
Raduán Meto reflete ainda sobre um ponto que pode passar despercebido quando surgem novas tecnologias disruptivas, como a inteligência artificial: apesar de todos os benefícios, tomar decisões ainda envolve riscos, pois o cenário nunca esteve tão complexo, mutável e dinâmico.

Mesmo com IA, é importante que as instituições estejam cientes que um bom planejamento não garante uma execução totalmente segura.

“Sempre vai existir o grau de imprevisibilidade. Entender o risco que se está correndo faz parte da atribuição do planejamento estratégico. Então, por mais precisa que seja a informação e por mais tecnológica que seja a ferramenta utilizada de Inteligência Artificial, ainda existe ali um poder e uma tomada de decisão que envolve riscos sobre o que deve ser feito para alcançar objetivos definidos”, pondera.