Economia

Índices registram queda no consumo em supermercados

Por Redação

20/12/2023 08h48

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Apesar das promoções, presença de feriados prolongados e menor número de dias úteis podem ter afetado desempenho de supermercados e restaurantes

De acordo com estudo realizado pela Alelo, especialista em benefícios, incentivos e gestão de despesas corporativas, divulgado em parceria com a Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas), no mês de novembro, o valor gasto em supermercados apresentou uma queda de 3,9% em relação a outubro (em termos reais), na esteira de um recuo de 3,0% no número de transações efetivadas no período em todo território nacional.

Em comparativo ao mesmo período no ano anterior (2022), as variações registradas pelos índices indicaram um aumento de 6,8% no valor gasto nesses estabelecimentos, acompanhada de um crescimento de 5,6% na quantidade de transações efetivadas. Em contraste, no segmento de restaurantes, os últimos resultados indicam que o valor gasto pelas famílias nesses estabelecimentos registrou uma queda de 3,8% em relação a outubro (já descontada a inflação), em paralelo a um declínio de 4,3% no número de transações efetivadas.

Observando o desempenho regional no período (2022-2023), a região do Nordeste teve elevação no consumo em supermercados (+13%). Já nos restaurantes, a variante traz o declínio no valor transacionado entre novembro de 2022 e novembro de 2023 bastante disseminado, abrangendo, na média, de -15,5%.

Com respeito ao comportamento da inflação em novembro de 2023, dados do IPCA/IBGE revelaram que o grupo alimentação e bebidas apresentou uma inflação mensal de 0,63% – resultado bem acima da variação média captada pelo índice geral (+0,28%). Em termos desagregados, o subgrupo alimentação em domicílio registrou um aumento nos preços comparativamente maior (+0,75%) em relação ao subgrupo alimentação fora do domicílio (+0,32%).

Nos últimos 12 meses, contudo, os preços do grupo alimentação e bebidas aumentaram apenas 0,57%, bem abaixo da inflação média captada pelo índice geral (+4,68%). A acomodação dos preços dos alimentos, nesse caso, pode ser atribuída à deflação no subgrupo alimentação no domicílio (-1,14%), já que a o subgrupo alimentação fora do domicílio ainda registra uma inflação de 5,28%, acima da variação do IPCA/IBGE.