Por Manuela Barroso, coordenadora de comunicação da Unimed Fortaleza
O excesso de informação é real. Somos bombardeados todos os dias por uma chuva de notícias nas redes sociais, nos veículos tradicionais de comunicação e até em grupos de compartilhamento de mensagens. Todo mundo é emissor e, de certa forma, “dono” de algum dado. E mais do que nunca, o papel do jornalista é essencial para “separar o joio do trigo”.
Quando se fala de saúde e bem-estar, temáticas em alta devido ao aumento na expectativa de vida da população brasileira e ao impacto que vivemos durante e após a pandemia de covid-19, a busca pelo conhecimento se torna ainda mais necessária. Acompanhamos um movimento crescente na conscientização e no desejo de viver mais e melhor. Novas academias e modalidades esportivas surgem e viram febre, restaurantes especializados em comida orgânica e funcional, nem se fala! O que antes era um nicho hoje é quase uma regra.
Mas o desejo pela longevidade não se faz somente com avanços científicos, ela é profundamente influenciada pelo acesso à informação útil. E sempre atenta ao seu propósito de cuidar, a Unimed Fortaleza reforça que a saúde é um estado de completo bem-estar físico, mental e social, e não apenas a ausência de doenças. Por isso, é chamada de saúde integral, uma visão holística que exige uma comunicação para além de conteúdos sobre enfermidades e crises sanitárias, mas que abracem temas como a prevenção e o impacto das relações na nossa vitalidade.
O Jornalismo de Saúde tem o poder de oferecer conhecimento para a tomada de decisões. Por exemplo: quando uma reportagem explica de forma nítida a importância da atividade física na prevenção de doenças crônicas ou desmistifica tabus em torno da terapia e elucida dúvidas sobre questões como depressão, ansiedade e burnout, o conteúdo está nos dando ferramentas de empoderamento.
Vivemos um momento crucial de conscientização no ambiente de trabalho. A partir de 2026, com a entrada em vigor da nova Norma Regulamentadora 01 (NR-01), que estabelece diretrizes para a gestão de riscos ocupacionais, as empresas terão um papel definitivo no cuidado com a saúde mental de seus colaboradores. Ao cobrir e analisar essas regulamentações e seus impactos, o Jornalismo atua como um farol, orientando e pressionando pela correta aplicação da Norma.
No âmbito da ciência a serviço da longevidade, a informação apurada e checada vai diferenciar o avanço científico de modismos passageiros e sensos comuns defasados. São as reportagens baseadas em evidências que dão luz à inovação na Medicina, à ciência por trás da prevenção de doenças e às novas fronteiras da biotecnologia.
É na tradução da complexidade científica para a linguagem do cidadão comum que o jornalista ganha um papel pedagógico no combate à desinformação e permite que as pessoas façam escolhas mais conscientes.
Com o Prêmio Unimed Fortaleza de Jornalismo, lançado em setembro, os colegas estão convidados a aprofundar seus olhares sobre esses e tantos outros temas que não apenas noticiam, como servem de elo entre o conhecimento científico e a população. Ao valorizar a Comunicação de qualidade, celebramos o propósito desses profissionais e damos visibilidade ao papel do Jornalismo em sua essência e a narrativas que podem transformar vidas.
