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Inovação em embalagens é trunfo das marcas do futuro

Por Artigo de Opinião - autor

11/07/2022 08h00

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Quem está no ramo de embalagens precisa projetar o futuro para oferecer alternativas de inovação que se revertam em satisfação do consumidor final. E isso vale tanto para os setores de food service quanto cosméticos, higiene e varejo em geral, num movimento que, de acordo com a Associação Brasileira de Embalagens (ABRE) pode alavancar o setor em 1,6% até 2024. Enquanto isso, os donos de marcas investem milhões na circularidade de embalagens, algo que é exigido pelo consumidor final e pela própria legislação.

Para chegar lá, quanto mais o fabricante da matéria-prima e o projetista de embalagens conhecerem as necessidades do end user, melhor. Esse contato próximo será a base para que o time de P&D possa trazer avanços e melhorias reais à experiência do usuário.

Isso porque, antes de um lançamento chegar ao público, são necessários anos de pesquisa e preparo, afinados aos anseios e vontades desse consumidor que hoje é muito mais exigente, principalmente depois da pandemia. Eles incluem maior sustentabilidade, praticidade e economia de recursos.

Foi no período de isolamento que entendemos a quantidade de lixo que realmente geramos e passamos a questionar o destino desse resíduo. Como consumidora, quero saber o que vai ser feito com a embalagem de shampoo que eu uso, de creme dental e outros itens de difícil reciclagem.

E a pergunta aos profissionais de pesquisa e inovação é: será que não podemos ter embalagens mais simples que entrem para a cadeia de reuso mais facilmente?

Se pensamos numa alternativa biodegradável como o papel, ele pode ser desenvolvido em gramaturas adequadas para embalar qualquer coisa – com a aplicação da devida barreira, é claro!

Para embalar alimentos, sabemos que a umidade e gordura representam desafios de proteção, por isso, a indústria investe pesado para resolver o problema com barreira biodegradáveis, ou seja, que eliminem o tradicional plástico. Aqui entra também a tecnologia de repolpagem, que envolve pesquisas avançadas que têm se mostrado uma alternativa viável para a embalagem do futuro.

No ramo de cosméticos, existem ainda exigências de legislação para evitar contaminações aos produtos envasados, visto que se trata de produtos utilizados diretamente sobre a pele. Com isso, as restrições se tornam mais rigorosas.

Para as empresas do ramo de embalagens, a ideia de base é estar sempre à frente com inovação, de forma a trazer insights para os donos de marca. O mercado está tão atento a isso que tem premiado cases de embalagem com foco em sustentabilidade, como o Prêmio Nacional de Inovação e Prêmio ABRE, entre outros.

Com criatividade, inovação e dedicação de todos os players, da indústria ao consumidor, podemos sim imaginar um mundo sem lixo e mais sustentável.

 

 

Indaiá Pasotti Sanchez é especialista em engenharia de embalagens pelo Instituto Mauá de Tecnologia e especialista de produtos R&D da Ibema.