Mídias tradicionais e a tecnologia trazem opções para as marcas se posicionarem no mercado e alcançarem os consumidores
Diversidade é uma palavra que define o Brasil. Seja pelas diferenças de sotaques, sabores, heranças culturais ou comportamentos, cada região possui suas próprias características. Com tanta pluralidade, a pesquisa “O Conteúdo e as Jornadas Regionais”, da Kantar IBOPE Media, mostra que o consumo de informações é múltiplo no país.
Giovana Alcantara, Diretora de Desenvolvimento de Negócios Regionais da Kantar IBOPE Media, explica que o objetivo do estudo.
“É atender a necessidade de um olhar regional e transversal, apresentando as diferenças e as características únicas de cada região do país, com uma abordagem mais específica de mercados do Nordeste. O estudo mostra, por meio de dados, como cada jornada é singular, considerando o consumo em diferentes devices e plataformas, elas não estão restritas a um único ponto de contato, não é mais sobre meios e canais, mas sobre a integração de experiências do consumidor ao longo do seu dia”.
A pesquisa apresentada no Nosso Meio to Business 2023 destaca que televisão e rádio seguem fazendo parte das rotinas, com alcance influenciado pelas mídias digitais. De acordo com os dados, o brasileiro passa mais de 4 horas diárias assistindo televisão. Em um recorte por região, a quantidade de horas assistidas é de 4 horas e 49 minutos no Nordeste, a quarta região do país com maior tempo diário de consumo. Sudeste (5h29min), Norte (5h08min) e Sul (5h) lideram o ranking.
Sobre a importância do canal, Flávia Portela, Diretora Comercial Rede Clube (afiliada da Globo no Piauí), comenta sobre o espaço de protagonismo da televisão entre os brasileiros.
“A TV sempre procura trazer uma programação que se reinventa e se adapta às mudanças buscando estar presente na vida dos brasileiros de uma forma muito próxima. Além de ser uma fonte importante de informação e entretenimento, a televisão reflete situações da vida real criando um vínculo que gera identificação com o público e essa credibilidade já foi constatada em números. Uma marca que anuncia na TV entra na casa de milhões de pessoas e participa ativamente da jornada do consumidor desde o início do funil até a decisão de compra”, afirma.
Observa-se também que a relação com o consumo de conteúdo em vídeo é impactado pelos serviços de streaming, influenciando o consumo por meio da TV-online. Cerca de 45% dos nordestinos alegam que esse serviço mudou a forma como assistem televisão.
Entre os meios mais democráticos, o rádio é uma mídia com alcance de 80% no Nordeste, acompanhando os ouvintes por mais de 3 horas diárias. Além disso, mais de 30% dos consumidores afirmam que o rádio online vem mudando a forma de consumir conteúdo.
Os impactos do digital
Com os avanços tecnológicos, o consumo de mídia no Brasil também passou por mudanças. Contudo, conforme apresentado pela pesquisa da Kantar, há uma integração entre as mídias tradicionais e novas tecnologias, em um processo de atender as necessidades da audiência.
Além dos impactos que o digital trouxe para televisão e rádio, com os conteúdos online, a leitura também enfrentou uma transição do papel às telas. Segundo a pesquisa, no Nordeste, os leitores de jornais online ficam, em média, 53 minutos consumindo conteúdo, enquanto nas edições impressas esse tempo chega a ser de 44 minutos. Para revistas, o tempo é de 52 minutos nas versões online e 44 minutos nas impressas.
As fontes importam
Seja no digital ou online, os consumidores de conteúdo no Nordeste trazem preocupação a respeito dos materiais acessados. Em tempos nos quais as informações se difundem rapidamente, e das mais variadas fontes, a autoridade dos veículos é relevante. Cerca de 79% do público ainda afirma que sempre verifica as fontes das informações que recebe pelo WhatsApp, Messenger e Redes Sociais.
Hábitos de consumo e as marcas
Ainda sobre a pesquisa, Giovana destaca a importância de aproveitar os canais de mídia para atingir objetivos em campanhas.
“É cada vez mais importante que profissionais de agências, veículos e anunciantes entendam as diferenças regionais no consumo de conteúdo. Existe potencial de negócio em todas as regiões, mas para isso é necessário ir além, compreendendo o comportamento do consumidor em cada mercado, em especial as diversas formas de conexões com as mídias presentes localmente”, comenta.