Em parceria com o CPB aos jogos de Paris 2024 estão presentes marcas como: Asics, Ajinomoto, Braskem e Toyota.
O Brasil está presente nos jogos paraolímpicos de Prais 2024 com sua maior delegação da história. O Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) levou 255 esportistas com deficiência, além de outros auxiliares aos esportistas, e desenvolveu a marca Brasil Paralímpico. Apesar das expectativas, os resultados no quadro de medalhas e o desempenho dos paratletas ainda são os principais vetores de atração das marcas, mais pressionadas pela sociedade a adotarem políticas e práticas de inclusão.
O interesse do público nos Jogos Paralímpicos é crescente. Principalmente por conta de dois fatores: o primeiro é que, desde 1988, os jogos olímpicos e paraolímpicos acontecem na mesma cidade. Isso mobiliza turistas e as cidades-sede, e permite que a mídia crie uma narrativa esportiva integrada de longo prazo.
O segundo ponto é que os jogos de Paris está se tornando um ponto de interesse do público quando se trata de inclusão. O motivo principal se dá por conta da comunicação oficial do evento e das campanhas das marcas, e empresas que trouxeram atletas de alto rendimento tanto nas Olimpíadas quanto nos jogos Paraolímpicos.
Confira as marcas que estão presentes nos Jogos Paraolímpicos de 2024 em Paris:
Asics
A Asics se juntou ao Comitê Paraolímpico Brasileiro (CPB) e produziu os novos uniformes do Brasil para os jogos Paraolímpicos de Paris 2024. A coleção foi desenvolvida em colaboração com os atletas paralímpicos, desde a fase inicial de design até os testes.
A coleção inclui jaqueta de pódio, moletom, camisetas, camisa polo, regata, bermuda, calça, legging, tênis, mochila, meia, manguito e boné. Todas as peças contam com detalhes de acessibilidade como: mochilas com alça nos puxadores; calças com zíperes na lateral da parte inferior próximo ao tornozelo para facilitar atletas com prótese; e todas as peças com etiquetas internas em Braille, destacando as cores correspondentes, auxiliando na seleção das roupas.
Ajinomoto
A Ajinomoto já é apoiadora de longa data do CPB do Brasil e nos jogos desse ano, dobrou o investimento no Time Brasil para as Paraolimpíadas de Paris 2024, em comparação ao montante dirigido nos Jogos de Tóquio, há três anos. Boa parte do capital investido no CPB é dirigido ao Centro de Treinamento Paralímpico, palco da preparação dos atletas para a competição.
Adicionalmente, a empresa terá em Paris integrantes do Time Ajinomoto, grupo de atletas olímpicos e paralímpicos que integram o Projeto Vitória, iniciativa global de apoio ao esporte. São apoiados pela marca a judoca Alana Maldonado, o velocista Petrúcio Ferreira, o arremessador Thiago Paulino e o tenista Gustavo Carneiro.
Braskem
A Braskem reuniu 70 músicos PCDs para gravar um hino em homenagem aos atletas paralímpicos brasileiros. A composição contou com a participação dos esportistas Thiago Paulino, Raíssa Machado, Aline Rocha, Jerusa Geber, Vinicius Rodrigues e Washington Nascimento, representantes da equipe de atletismo em Paris.
A composição foi transformada em um vídeo disponibilizado nas redes sociais da Braskem. Para familiarizar os seguidores com a letra da canção, a peça foi postada nos moldes de um karaokê, incentivando os fãs a seguirem o compasso. A ação foi gravada no Parque Ibirapuera, em São Paulo.
Loterias Caixa
As Loterias Caixa estão acompanhando de perto o desempenho dos atletas paralímpicos em Paris. A empresa montou uma operação para divulgar as conquistas em sua página no Instagram, oferecendo, também, detalhes como recordes quebrados e números de medalhas.
O acordo das Loterias Caixa como o CPB é antigo e completa 21 anos em 2024. O incentivo é voltado para formação de atletas de elite e a promoção de atividades esportivas inclusivas. Desde o início do acordo entre Caixa e CPB, o Brasil sempre esteve no TOP 15 do quadro de medalhas dos Jogos Paralímpicos.
Toyota
A Toyota forneceu kits para os atletas que vão competir nos Jogos Paralímpicos em Paris 2024. Em parceria com Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), a montadora vai fornecer pochetes, bolsas e necessaires. Os itens foram confeccionados pelas costureiras do projeto ReTornar a partir de resíduos da linha de montagem, como airbags e tecidos automotivos.
Ao todo, foram 550 kits que utilizam como matéria-prima uniformes, cintos de segurança e outros componentes. De fato, as peças foram desenhadas por Lucas Julião, atleta de esgrima em cadeira de rodas e designer do CPB. Além disso, no projeto ReTornar participaram a Cooperativa Uni Arte Costura e a Associação Social Comunidade de Amor (ASCA). O programa social acontece nas cidades em que a Toyota possuí unidades fabris, como Sorocaba e Indaiatuba.
Além dos kits, a Toyota ofereceu uma frota de veículos 100% eletrificados e, para usuários de cadeira de rodas, a marca forneceu puxadores de cadeira de rodas elétricos. Além de disponibilizar na Vila Olímpica, mais 150 cadeiras de rodas ficarão disponíveis durante a cerimônia de abertura dos Jogos Paralímpicos. Ao mesmo tempo, a Toyota apoiou cerca de 300 atletas olímpicos e paralímpicos nessa edição dos jogos. No Brasil, a Toyota já patrocinou Ricardo Alves, jogador de futebol de cinco para deficientes visuais.
Havaianas
A Havaianas apresentou a sua nova sandália inclusiva, desenvolvida em cocriação com paratletas e o Comité Paralímpico Brasileiro (CPB), integrando o uniforme oficial da delegação brasileira na cerimônia de abertura dos Jogos Paralímpicos de Paris 2024. Além disso, parte das receitas das vendas vai reverter para o CPB.
O desenvolvimento do novo modelo de sandália da Havaianas decorreu em colaboração com os desportistas, que participaram em várias conversas e workshops com a equipa de pesquisa & desenvolvimento da marca. Durante o período de criação e testes dos protótipos, a marca reuniu com diversos paratletas, garantindo que o produto correspondesse a várias necessidades.
O calçado final tem uma sola de borracha injetada, variante ainda mais macia da borracha tradicional da Havaianas, uma ponteira que contém borracha, para auxiliar quem tem baixa precisão de movimentos, tecidos macios e respiráveis, que reduzem a fricção e possíveis feridas, e ajuste traseiro para deixar o chinelo mais firme e seguro nos pés ou nas próteses.