Há quase um mês no ar, o programa Big Brother Brasil 21, vêm despertando discussões e fortes emoções no público que tem acompanhado a disputa na “casa mais vigiada do Brasil” pelo prêmio de R$ 1,5 milhão.
Nesta última semana, a internet só se fala da eventual eliminação da cantora Karol Conká que movimentou o jogo e polemizou diversos momentos dentro do reality da Rede Globo. A rapper foi eliminada na noite dessa terça, 23, com 99,17% dos votos, um recorde de rejeição. A edição movimentou marcas e gerou ações de marketing nas redes sociais.
Influenciadores, shoppings, empresas de diversos nichos e até prefeituras, entraram na onda das redes sociais. As ações prometiam descontos ou prêmios para quem acertasse o percentual exato da eliminação de Conká. Alguns exigiam a marcação de amigos, outros apenas uma aposta numérica por usuário, mas todos têm a mesma finalidade: engajamento e visibilidade.
Esse processo de se apropriar da discussão do momento, conhecido como marketing de oportunidade, é uma competência importante para que pequenos negócios consigam aproveitar o algoritmo das redes e aumentar o engajamento, mas também é preciso enxergar os potenciais riscos da decisão.
Segundo análise de Marcel Pinheiro, sócio e diretor de criação na Delantero Comunicação, o Big Brother Brasil e toda atenção despertada pelo programa certamente contradizem muitas previsões a cerca da morte dos meios de comunicação tradicionais, que foi visto, sobretudo, na pandemia. “Foi um acréscimo, um aumento da audiência dos veículos tradicionais, principalmente na televisão, em virtude da necessidade de ficar em casa e também de uma crise econômica, que fez com que as pessoas cancelassem as vezes sua internet ou sua assinatura na TV, então a TV aberta voltou e o rádio também a recuperarem a sua força”, explica.
Marcel esclarece que é sempre precipitado dizer que um meio de comunicação acabou ou está fadado a acabar, na Delantero tem um mix de comunicação em que o meio offline é muito importante. Agora esse meio offline está envolvido de uma maneira muito visceral com o meio digital, até os próprios participantes do programa são influenciadores, então o digital acaba potencializando o offline e o offline potencializando o digital em via de mão dupla, que é positivo para as marcas.
“O que eu gostaria de destacar é que realmente não se deve descartar meio nenhum, cada um tem o seu valor, o seu tipo de abordagem, a sua penetração, e a gente com mais um recorde de audiência no Big Brother Brasil, temos uma comprovação clara em números, de que vale a pena bastante investir nos meios mais tradicionais, desde que aliado a uma estratégia vencedora”, finaliza.