O setor de comunicação corporativa no Brasil está em crescimento evidente, conforme apontado por pesquisas, incluindo a mais recente da ABERJE, que revela um orçamento anual de aproximadamente R$30 bilhões. O Anuário da Comunicação Corporativa 2023, conduzido pela Mega Brasil, acrescenta outra perspectiva fascinante, indicando que 90% das grandes agências registraram aumento de faturamento em 2022.
E a agência cearense VSM Comunicação está nesse mercado pulsante há 35 anos. A empresa inaugurou o setor de comunicação corporativa no Ceará que atualmente emprega profissionais de diversas áreas profissionais. A VSM é a única do Norte e Nordeste a conquistar um prêmio nacional da Associação Brasileira de Jornalismo Empresarial – ABERJE, maior premiação do segmento, e, também, a primeira do País a ter a certificação da ISO 9001.
O Nosso Meio conversou com Marcos André, fundador da VSM Comunicação, que afirma que “lidar com reputação requer expertise e responsabilidade, pois se trata de um ativo intangível e, ao mesmo tempo, o mais valioso de uma instituição”.
Confira a entrevista completa!
Nosso Meio: Como você descreveria a jornada desde a fundação da agência até os dias de hoje?
Marcos André: Eu era estudante de jornalismo na Universidade Federal do Ceará, e comecei a trabalhar em rádio, jornal e televisão assim que entrei na faculdade com 17 anos, depois tive uma experiência também trabalhando no setor de comunicação do Banco do Nordeste. Junto com dois colegas do curso de comunicação, o Sávio e a Valéria, fundei a VSM. Tivemos uma certa dificuldade no início, porque é muito delicado cuidar da marca de uma empresa. Mas a partir do momento que a gente começou a realizar bons trabalhos, trazendo bons resultados, principalmente para empresas de fora que já tinham essa cultura de investir em comunicação social, aquela velha propaganda do boca a boca nos ajudou muito, como nos ajuda muito ainda hoje, que são os nossos clientes propagando a nossa imagem para outros clientes.
NM: Quais foram os principais marcos e desafios ao longo dessas décadas?
MA: Eu costumo sempre dizer que, para se manter uma tradição de sucesso, nós precisamos sair do tradicional. Então esse inconformismo, essa inquietude, também foi o que nos trouxe até hoje. Com o mesmo CNPJ, conseguimos chegar a esses 35 anos, mas isso aí foi muito importante também de que nosso espírito está se reinventando a cada dia! Somos pioneiros por sermos inovadores e somos longevos por estarmos em constante transformação. Isso faz toda a diferença!
NM: Ao longo desses 35 anos, como você viu o mercado da comunicação evoluir e mudar? Quais foram as tendências mais significativas que impactam o setor durante esse período?
MA: Foram muitas as transformações de lá para cá, passando do Telex, pelo fax, depois pela internet, mas assim, para citar algo mais recente, atual, que passou a ser um grande desafio, ao mesmo tempo também um grande triunfo na comunicação corporativa, eu poderia citar a inteligência artificial e a análise de dados BI, que estão colaborando diretamente na definição do perfil do público e também customizando, mensurando os impactos das iniciativas de relações públicas.
Portanto, a inteligência artificial e análise de dados são cada vez mais usadas para customizar a comunicação, mensurando os resultados, interpretando o que faz sentido para os seus clientes e seus públicos de interesse, são ferramentas que são muito importantes no setor de comunicação corporativa. Inclusive, mesmo porque a gente vive num mundo globalizado, as estratégias são cada vez mais específicas dentro de cada perfil de público que você quer atingir. Então elas são cada vez mais personalizadas e esses instrumentos são muito importantes, aliadas a uma inteligência de comunicação, estratégia de comunicação, com os profissionais especializados para se atingir os resultados esperados.
NM: Como a agência se adaptou às mudanças e demandas do mercado ao longo do tempo? Houve alguma estratégia específica ou abordagem inovadora que ajudou a VSM a se manter relevante e competitiva?
MA: A VSM é longeva por estar em constante transformação. Então é nessa linha que a gente procurou fazer para que jamais estivéssemos na nossa zona de conforto. E aliada a isso sempre investindo em novas tecnologias, que fossem surgindo e capacitando a nossa equipe e nós próprios nos capacitando também, nos atualizando com o que havia e o que há de mais inovador na nossa área de atuação.
NM: Quais são as principais lições que você aprendeu ao liderar a VSM durante esses 35 anos? Existe algum conselho que você gostaria de compartilhar com outros empreendedores no setor da comunicação?
MA: Olha, uma das principais lições aqui, como já falei, é nunca se acomodar! Nunca ficar na zona de conforto. Outra lição é aprender a ter resiliência para conviver com as adversidades, que são inerentes em qualquer tipo de segmento de mercado, principalmente num país atípico como o Brasil. Outra questão muito importante, que eu coloco sempre, é você ter aliado alguns aspectos que são importantes. Por exemplo, é muito importante ter talento, mas não adianta ter talento se não tiver profissionalismo, se não ter compromisso com os prazos, não tiver uma disciplina muito forte. Também não adianta ter muito profissionalismo, você cumprir os prazos, ser muito disciplinado e não ter talento!
Estudar, conhecer. Pela experiência, tanto na teoria como na prática, o seu core business, a sua área de atuação. E também aliado a essas duas coisas, hoje é muito importante que se tenha um network, relacionamento, isso aí também se faz com um relacionamento interpessoal, que isso deve ser inerente ao dentro do clima organizacional das empresas, também muito importante, que a gente possa ter isso também. Então, esse coeficiente emocional é outra coisa também muito importante dentro de qualquer instituição e com uma característica importante, um handicap de um profissional de qualquer segmento de mercado.
NM: Olhando para o futuro, quais são as expectativas da agência para os próximos anos? Existem áreas específicas de crescimento ou novas oportunidades que você está de olho?
A questão das IA’s, análise de dados, BI, são aspectos que a gente não pode desconhecer que é uma tendência assim retroagível, que é fundamental que as empresas estejam antenadas e lançando mão dos resultados que esses instrumentos podem trazer para os nossos clientes.