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Marketing de Guerrilha: a estratégia criativa que destaca marcas 

Por Redação

06/08/2024 09h30

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Jorge Lima é estrategista do Azilados e criador da campanha viral do entregador com o bote salva-vidas 

As marcas estão sempre buscando maneiras inovadoras e eficazes para se destacarem em meio a tantos concorrentes, afinal a competitividade é alta no mercado. Nesse campo de batalha, o marketing de guerrilha emerge como uma estratégia poderosa e criativa, capaz de atrair a atenção do público-alvo de maneira única e memorável.

O marketing de guerrilha é para quem tem coragem de seguir uma abordagem não convencional, aproveitando as oportunidades certas para engajar o público de maneira dinâmica e surpreendente. A grande sacada dessa estratégia é gerar buzz, apostando no que está em alta e é viral. O inesperado tem o potencial de gerar burburinho, e o resultado é a interação direta entre a marca e o consumidor (e, claro, vendas). 

Posso citar inúmeros exemplos de grandes marcas que adotam esse método, como Red Bull, Burger King e McDonald ‘s. Mas como estrategista de uma marca que sabe explorar bem as oportunidades, falo com propriedade de cases que temos dentro de casa, no Azilados Casa de Sanduíches. O marketing de guerrilha faz parte do nosso DNA como marca, e uma das ações mais memoráveis foi quando provamos que nós daríamos um jeito de entregar o pedido aos nossos clientes, nem que fosse de bote.

A ideia surgiu em 2012, durante o inverno de Fortaleza, que sempre deixa as ruas alagadas na cidade. Em um desses dias de chuva, a avenida onde nossa loja estava localizada alagou e um amigo meu acabou fazendo uma brincadeira, perguntando como a gente faria para entregar os sanduíches naquela situação. Na mesma hora, movimentamos o time e conseguimos comprar um bote. 

Como resposta ao questionamento feito, publicamos uma foto do nosso entregador todo equipado dentro do bote, mostrando que nem a chuva pararia o Azilados. O resultado, claro, foi um sucesso. As pessoas começaram a compartilhar a imagem e viralizamos. Até hoje, mais de 10 anos depois, essa campanha ainda é lembrada.

Esse exemplo, e muitas outras ações que eu poderia citar — com a mais recente que fizemos com o lançamento de uma promoção relâmpago do Smash Popó, em alusão a luta entre Popó e Kleber Bambam —, mostra o diferencial de ser disruptivo, estar aberto ao novo. Isso envolve entender profundamente o público-alvo para escolher táticas que estejam alinhadas com os valores e a identidade da marca. Para entender mais sobre a estratégia, indico um livro que é referência sobre o assunto: Marketing de Guerrilha, do autor Jay Conrad Levinson. A lição é: marcas que querem ter um impacto inovador, precisam fugir do tradicional.