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Marketing nas Olimpíadas 2024: entenda os padrões de investimento em mídia pelas principais marcas 

Por Victor Campos

26/07/2024 15h20

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O estudo realizado pela Macfor mostra que a escolha de mídia on-line ou tradicional pelas grandes marcas para o evento varia segundo o segmento

As Olimpíadas de Paris é cenário não apenas de disputas pelas medalhas. Estará em jogo também a assertividade das estratégias de marketing das marcas patrocinadoras do evento, das equipes e das transmissões. Segundo um estudo realizado pela agência Macfor, a tendência dos Jogos Olímpicos de 2024 é que as marcas de produtos de consumo rápido concentram mais investimentos em mídia tradicional, enquanto o on-line leva a maior parte da publicidade de marcas mais nichadas ou focadas no público mais jovem. Ou seja, a disputa pelo consumidor será, bastante acirrada.

Segundo aponta o estudo intitulado “Marketing das Olimpíadas mais midiáticas da história”, um dos principais motivos para que profissionais da área acompanhem atentamente as experiências que serão testadas no evento é o volume recorde de verbas publicitárias. Serão os Jogos Olímpicos com o maior número de patrocinadores e também o maior na diversidade de canais de transmissão, com elevada importância do streaming. O fato de acontecer logo depois de duas grandes competições esportivas, como a Eurocopa e Copa América, também cria uma “perfect storm” para a experimentação na comunicação das marcas.

A Macfor, através da coleta de dados públicos das principais plataformas de busca e redes sociais (Google, Bing, TikTok, Facebook, Instagram e LinkedIn) e um aprofundado processo de social listening, vem monitorando o comportamento dos consumidores com relação aos Jogos Olímpicos pelo menos desde o fim do ano passado. Foi nesse período que o Comitê Olímpico Brasileiro (COB) anunciou seus patrocinadores oficiais. Em seguida, já se verificou um aumento no número de buscas pelos seus nomes.

Empresas que investiram alto em campanhas on-line, com o propósito de atingir públicos específicos, mas com o apelo emocional do esporte. Um exemplo foi a Riachuelo, que desenvolveu uma estratégia englobando diversas plataformas digitais. Em seu canal do YouTube, exibe filmes sobre a produção dos uniformes e nas redes sociais mantém anúncios pagos com foco também na roupa dos atletas a fim de gerar engajamento. 

Segundo o monitoramento da Macfor, a Riachuelo obteve 90% de comentários positivos. Mas outras marcas de moda patrocinadoras, como Mormaii e Havaianas, também brilharam nas suas campanhas e conseguiram bom engajamento, com índices de 80% e 75% respectivamente.

Outra estratégia que está em alta nos Jogos é o do patrocínio a canais de streaming esportivos, como a CazéTV, que já alcançou 65 milhões no YouTube. Seus anunciantes, como Airbnb, Corona, Vivo e Volkswagen, obtiveram aumento nas buscas na internet e implementaram campanhas paralelas com o tema das Olimpíadas, incentivando ações dos consumidores e aproveitando o conteúdo gerado pelas pessoas. Muitos viralizaram.

Mas enquanto os patrocinadores que usam o on-line apostando na ultrassegmentação, no engajamento e num custo por impressões baixo, os anunciantes da mídia tradicional jogam num campo oposto.

Segundo o estudo da Macfor, a aposta na TV aberta tradicional não perdeu vez, mas alcançou maior sucesso com produtos de consumo rápido ou até impulsivo, voltados para públicos muito amplos, o que justificam um custo mais alto por audiência.

Ambev, Claro, Netshoes, Nivea e Piracanjuba decidiram patrocinar a cobertura da TV Globo, confirmando o padrão de que as marcas com público mais amplo preferem a mídia tradicional. Elas, inclusive, enquadram-se melhor ao tom de voz  mais formal da emissora, o que transmite mais credibilidade a elas.

Apesar dessa divisão, a estratégia das empresas não pode ficar muito restrita e deve buscar também a interatividade com o público por meio da comunicação em diversos canais. “Uma abordagem omnichannel pode oferecer o melhor dos dois mundos: o alcance e a visibilidade da TV e o engajamento e segmentação do digital”, conclui Fabricio Macias, co-CEO da Macfor.

Para acessar a pesquisa completa, basta clicar aqui