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Marketing sensorial é caminho para o varejo potencializar vendas, aponta estudo

Por Redação

22/09/2022 18h18

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A construção do ambiente ideal para os consumidores no ponto de venda é o papel do marketing sensorial, tendência em franca consolidação no varejo. A ativação dos sentidos movimenta mecanismos subconscientes, por meio de gatilhos emocionais, em um processo natural e instintivo. 

 

Quando isso acontece na loja física, torna a experiência mais longa e prazerosa, favorecendo decisões de compra por impulso e estimulando a volta ao local. Não à toa, cada vez mais marcas do varejo utilizam esse recurso que pode fazer a diferença para turbinar as vendas.

 

Segundo estudos realizados pela Aradhna Krishna, acadêmica americana focada em marketing, o marketing sensorial envolve os sentidos dos consumidores e afeta sua percepção, julgamento e comportamento, o que pode ser comprovado quando o consumidor compra algum produto ou serviço, mesmo sem precisar, apenas por impulso.

 

Estimular os sentidos de maneira correta aumenta a chance de escolha do consumidor. De acordo com dados da Entertainment Media Research, 87% dos consumidores aceitam pagar mais por uma experiência melhor de consumo e 82% afirmam que músicas e aromas têm o poder de transformar o humor.

 

O marketing olfativo é um exemplo de demanda crescente nos últimos meses. A procura por marketing olfativo teve crescimento exponencial nos últimos meses. Diversos segmentos do varejo e, até mesmo a construção civil, têm buscado bastante esse tipo de estratégia. 

 

Construtoras de apartamentos, por exemplo, tentam fazer com que o cliente sinta boas sensações ao visitar um apartamento decorado para, assim, estimular a venda. Alguns estudos comprovam que o uso de uma fragrância proporciona retorno de 20% a 40% nas vendas dos produtos ou serviços.

 

Conheça um pouco mais dos tipos de marketing sensorial, e como estimular os sentido pode constituir uma estratégia bem sucedida para criar laços mais fortes com os shoppers, turbinando vendas:

 

Marketing Olfativo – Pesquisa realizada pelo escritor dinamarquês Martin Lindstrom concluiu que o marketing olfativo se concentra em estimular uma parte do cérebro humano, proporcionando experiências agradáveis para o consumidor por meio dos mais variados tipos de fragrâncias e cheiros, deixando o ambiente mais aconchegante. O aroma tem a capacidade de intensificar a relação emocional do cliente com o espaço. 

 

Marketing visual – O escritor Néstor Braidot cita em seu livro “Neuromarketing”,  que a visão corresponde a um importante sentido do homem. O cérebro humano processa as informações logo após receber os sinais luminosos muito mais rapidamente do que estímulos em forma de texto. Alguns anúncios utilizam técnicas de gatilho. A visão é um fator crucial para a motivação na hora de realizar a compra.

 

Marketing gustativo – A estratégia do marketing gustativo está relacionada com as associações de sentimentos e lembranças positivas do consumidor com a marca. O principal gestor de emoções é a memória, principalmente lembranças mais afetivas. Por isso, ao comer alguns alimentos o nosso neurotransmissor libera dopamina, causando sensação de bem-estar e despertando o sentimento de recompensa depois de um esforço. É desta forma que as pessoas ficam encantadas ao saborear determinadas comidas.

 

Áudio experience (sonorização & music branding) – O sentido auditivo é um dos aspectos mais explorados nas últimas décadas como solução de marketing sensorial ligada ao branding, pois promove relação afetiva e efetiva entre cliente e marca. Estudos realizados pelo pesquisador e professor de psicologia da música Adrian North concluiu que colaboradores que trabalham escutando músicas das suas preferências aumentam seu rendimento em até 13%.

 

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