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Missão Nosso Meio 2025: conexões, estratégia e inteligência artificial marcam três dias de imersão em São Paulo

Por Gabriela Veras

19/09/2025 16h50

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Executivos e gestores do Nordeste participaram de encontros no LinkedIn, Netflix, ISE Business School, FSB Holding e Bain & Company

Durante três dias, executivos e gestores do Nordeste participaram da Missão Nosso Meio 2025, iniciativa do Nosso Meio, plataforma especializada em negócios, que proporcionou uma imersão em alguns dos principais pólos de conhecimento e inovação do país. Com uma programação que passou por Netflix, LinkedIn, ISE Business School, FSB Holding e Bain & Company, a jornada reuniu reflexões sobre o papel das conexões, o valor da estratégia, a importância da reputação e os impactos da inteligência artificial e do comportamento do consumidor no futuro dos negócios.

A abertura aconteceu no escritório da Netflix, em São Paulo, onde os participantes foram recebidos por Bruno Sellani, executivo da marca. Ele destacou a missão da plataforma de oferecer entretenimento acessível e relevante, ao mesmo tempo em que compartilhou estratégias de criação de conteúdo, personalização de experiência e fortalecimento da identidade da marca em escala global. 

Missão Nosso Meio na Netflix

Na sequência, a missão seguiu para o LinkedIn, onde Ana Moises, diretora de vendas da plataforma na América Latina, destacou que a rede social não deve ser vista como uma vitrine de popularidade, mas como um espaço para cultivar boas conexões. Segundo ela, a autenticidade e a construção de uma presença consistente com propósito são diferenciais fundamentais para lideranças e marcas que buscam relevância. 

Ana Moises, Diretora de Vendas LinkedIn Latam

“O LinkedIn se tornou um hub de oportunidades, essencial para reputação, geração de leads, recrutamento e fortalecimento da marca empregadora”, disse Ana.

O segundo dia da missão trouxe novos aprendizados. No ISE Business School, sede do IESE na América Latina, o professor Raphael Müller apresentou dois pilares fundamentais da estratégia: proposta de valor e cadeia de valor. Segundo ele, a clareza nesses pontos permite que empresas alinhem cultura e objetivos, ampliando seu impacto na sociedade. Ele ressaltou ainda que as competências centrais de uma organização precisam ser constantemente desenvolvidas para que se traduzam em soluções reais e sustentáveis.

Raphael Müller no ISE Business School

“Encontrar as competências centrais únicas é o que fazem de um negócio algo realmente especial”, falou Müller.

Complementando a agenda, a FSB Holding recebeu os executivos em sua sede para discutir o papel da comunicação e da reputação nos negócios. Marcelo Diego, sócio da FSB Holding, abordou a importância da voz humana e da consistência para transmitir confiança, explicando que a reputação se constrói em três etapas: imersão, planejamento e implementação. 

Marcelo Diego, sócio FSB Holding

“Para elaborar uma estrutura reputacional é necessário entender como a organização se relaciona com cada stakeholder”, explicou o sócio.

Já Leandro Conti compartilhou a experiência da holding ao lidar com os desafios reais de diferentes clientes, reforçando que compreender profundamente o problema e ativar um ecossistema corporativo adequado são fatores decisivos para alcançar os resultados esperados.

Leandro Conti, Sócio-diretor de Marketing e Desenvolvimento de Negócios

 “Temos uma abordagem construtiva, não ativamos o ecossistema baseado na disciplina ou na tática, pensamos no resultado que o negócio precisa e quais empresas precisamos ativar para levar àquele resultado”, disse.

O encerramento da missão ficou por conta da Bain & Company, uma das maiores consultorias globais de gestão. Os sócios Ricardo De Carli e Lucas Brossi trouxeram uma visão sobre o perfil do consumidor brasileiro e as transformações provocadas pela inteligência artificial. 

Nosso Meio na Bain & Company

Dados apresentados mostram que, embora otimista em relação ao futuro, o brasileiro também carrega preocupações com saúde, finanças, estresse, bem-estar emocional e política. Esse comportamento, segundo Ricardo, impacta diretamente as escolhas de consumo e desafia as empresas a compreender melhor seus públicos.

No campo tecnológico, a inteligência artificial foi tratada não como tendência distante, mas como realidade já incorporada em diferentes setores. Lucas Brossi mostrou exemplos de empresas que utilizam a IA para ampliar eficiência e personalização: a PepsiCo com suporte a representantes de vendas, o Magalu com assistentes virtuais que melhoram a experiência do cliente e grupos como Boticário, Coca-Cola e Nestlé com iniciativas concretas de inovação. Segundo estimativas da Bain & Company, cerca de 75% das empresas já fazem uso de inteligência artificial em alguma etapa de seus processos, o que reforça o caráter irreversível dessa transformação.

Ao reunir diferentes olhares sobre negócios, comunicação e tecnologia, a Missão Nosso Meio 2025 deixou claro que o futuro das empresas será definido pela capacidade de criar conexões autênticas, desenvolver estratégias consistentes, zelar pela reputação e adotar soluções tecnológicas que ampliem impacto e relevância. 

“Para os executivos e gestores participantes, a experiência em São Paulo representou não apenas um mergulho em tendências globais, mas também a oportunidade de refletir sobre como aplicar esse conhecimento à realidade do mercado nordestino e brasileiro”, concluiu Fernando Hélio, diretor do Nosso Meio.