Por Wladimir Soares, CEO da Hostweb
Em um cenário corporativo cada vez mais conectado e dependente da tecnologia, muitas empresas ainda agem de forma reativa diante de incidentes digitais. Esperam a crise acontecer, seja um ataque cibernético, a perda de dados ou uma falha em servidores, para só então correrem atrás de soluções. O problema é que, nesse intervalo entre o impacto e a resposta, os prejuízos financeiros e reputacionais já se consolidaram.
A realidade é que nenhuma organização está imune a imprevistos. Segundo o relatório Cost of a Data Breach 2024, da IBM, o custo médio global de uma violação de dados chegou a US$ 4,88 milhões. No Brasil, o número ultrapassa US$ 1,5 milhão. Além do impacto econômico, há o dano à confiança, um ativo difícil de reconstruir em tempos de hiperconectividade.
A preparação contínua não é uma escolha, mas sim uma estratégia de sobrevivência. Empresas que adotam planos de continuidade de negócios, que incluem estratégias de segurança cibernética, recuperação de desastres e assim reduzir drasticamente o tempo de recuperação, garantindo que a tecnologia continue sustentando o negócio e não se torne seu ponto de vulnerabilidade.
Outro ponto essencial é entender que a ciber resiliência de um negócio não se resume à área de TI. Trata-se de um compromisso corporativo que envolve todas as áreas da empresa, desde a alta liderança, passando pela operação e atendimento ao cliente. Quando o tema é trabalhado de forma coordenada, segurança e continuidade se tornam partes da cultura organizacional, a empresa se torna mais capaz de reagir rapidamente, mitigar danos e até identificar oportunidades de inovação a partir das lições aprendidas em momentos de crise.
A maturidade digital das organizações evolui quando a cultura de prevenção é incorporada à rotina. Isso significa revisar periodicamente as tecnologias, como infraestruturas de nuvem, testar planos de contingência e investir em treinamentos. A tecnologia é importante, mas o fator humano, a conscientização e a capacitação das equipes, é o que de fato fortalece a resiliência cibernética.
É hora de planejar, pois estar preparado transforma o impacto de uma crise em aprendizado e continuidade. É assim que se constrói uma operação sólida, pronta para o futuro, independentemente dos imprevistos que ele traga.
