Protagonismo, pertencimento e comunidade contextualizam a jornada da economia da paixão
Nesta terça-feira (18), o Nosso Meio reuniu mais de 80 players para o lançamento da 12ª edição impressa no encontro executivo Marketing, Pessoas & Relacionamento. Com conteúdo assinado pela escritora Paula Costa, o evento apresentou como temática a Economia da Paixão, sendo o conteúdo que deu pontapé para o diálogo do impresso sobre a Sociedade Intergeracional.
Paula explica como utiliza a intuição como método e como explora diferentes sentidos para absorver conhecimentos. Além disso, a palestrante explica sobre a matriz da regeneração e a transição de cadeias lineares para cadeias circulares.
“Estamos falando de um momento de IA e precisamos exercitar mais o que é ser humano. E não tem nada mais humano do que usarmos nossa intuição através dos nossos sentidos. Uso a intuição para buscar uma palavra que vai servir de lente para minha jornada de pesquisa. Estou sempre mapeando dados, conectada com pessoas, lugares, experiências e histórias para captar dados sensíveis e ativar os meus cinco sentidos”, contextualiza Paula.
Apresentando dados para ilustrar o cenário atual, Paula mostra dados que revelam como a sociedade está definhando. A geração Z é a geração que mais declara sentir solidão, 1 em cada 4 brasileiros sofre burnout e 57% das pessoas gastam mais dinheiro com experiência do que com produtos.
“Será que isso se relaciona com o dado que cada vez mais essas gerações estão buscando conexão? 60% das empresas orientadas por propósito se sentem fortes para a próxima década”, alerta Paula.
A palestrante trouxe o ESG para a discussão e como o termo ganhou força por ter colocado o mercado financeiro para falar de sustentabilidade. Sendo o acúmulo de iniciativas isoladas das organizações, a iniciativa, por mais que influente e importante, não trouxe integração para o mercado.
“Começamos essa jornada com ações pontuais. Começamos a navegar de uma forma desintegrada. O que a regeneração traz para a gente é, não temos mais de onde extrair, e ainda precisamos gerar créditos positivos. A regeneração traz esse primeiro princípio e uma forma de fazer isso, é a prática, levar o ESG para a prática. Como? Mexendo na nossa cadeia de produção”, pontua.
“Com a cadeia sistêmica não tem mais linearidade, somos todos produtores, vendedores e consumidores. Por que a creator economy, que é uma das irmãs da economia da paixão, está crescendo tanto? No Brasil, 99% dos negócios giram em torno de nano influenciadores. Todos nós somos influenciadores. Todos estamos ativos na cadeia que estamos construindo”, relata.
Por fim, Paula pontua como funciona a jornada da Economia da Paixão e como o protagonismo, pertencimento e comunidade são essenciais para a construção de uma economia regenerativa.
“Todas as economias regenerativas são voltadas para uma comunidade, pois é assim que a natureza funciona. Só conseguimos fazer parte de uma comunidade quando somos protagonistas. E ser protagonista não é ser egocêntrico, protagonismo é um lugar de entender quem você e saber sua jornada. Isso também serve para os negócios, a dinâmica comportamental da economia da paixão é também o que rege os movimentos do mercado“, finaliza.
