O cérebro é como uma caixa de ferramentas onde mulheres e homens pegam pensamentos que são adequados à cada situação que surge.
Com mais de 80 bilhões de neurônios no cérebro e mais 500 milhões no intestino, estes neurônios, biologicamente falando, são responsáveis por nossos pensamentos. E pensamento é memória. Não há pensamento desvinculado disso. Mesmo um pensamento futuro é construído a partir de memórias que servem de base para o novo.
No ponto de venda (PDV), não é diferente.
Aqui, é o momento da verdade das marcas. Naquele instante, não há “influencers” e não há ninguém decidindo pelo cliente. É só ele e ela, cara-à-cara com o produto.
É nesse momento, que o tripé fundamental do neuromarketing surge com toda força:
- A emoção: que faz o consumidor resgatar da memória uma mensagem publicitária que a marca tenha promovido.
- Memória: que o faz lembrar de uma experiência de compra anterior.
- Engajamento: que faz o consumidor preferir uma marca a partir de uma indicação de outras pessoas.
Mesmo com toda tecnologia, o material impresso ainda é decisivo no ponto de venda. São rótulos, cartazes, totens, banners, displays de gôndola… tudo isso faz parte do arsenal que as marcas usam para diferenciar a sua mensagem das concorrentes.
No PDV temos latas e garrafas com formas curvas pedem para ser tocadas. Os personagens das caixas de cereais infantis nunca vão olhar nos olhos dos adultos, eles fixam o olhar para baixo e criam conexão visual com as crianças. Além das cores que atraem o tipo de consumidor ideal a partir de uma emoção não-consciente, o já conhecido: vermelho abre o apetite.
Se você puder, explore ao máximo os 5 sentidos (visão, audição, tato, olfato e paladar) na sua estratégia. Porém, se não for possível, todas, invista em marketing olfativo, pois o cheiro faz diversos sentimentos virem à tona. Aromas podem reforçar atributos que melhor descrevem sua loja e produtos (por exemplo, caseiro, jovem ou elegante), criando o ambiente ideal para colocar seus clientes no bom humor necessário para fazer compras.
O PDV é um campo de ideias.
E as ideias, são campos de batalha.
As marcas vão brigar por sua atenção.
Francisco Arrais
Diretor de criação da Café Novo Comunicação. Coordenador de comunicação do Movimento Saúde Mental. Marketing pela Faculdade CDL e voluntário social.