45% da força de trabalho é feminina, mas a representação diminui drasticamente nos níveis hierárquicos mais altos
O LinkedIn acaba de lançar uma nova campanha para evidenciar as barreiras que ainda impedem a ascensão feminina no mercado de trabalho e incentivar a adoção de práticas mais inclusivas. Segundo o estudo IWD Gender Data 2025, lançado pela plataforma, embora as mulheres representem 45% da força de trabalho no Brasil, apenas 32% delas chegam a cargos de gestão.
Ilustrando essa realidade e visando gerar reflexão, o LinkedIn promoveu uma ação impactante com cadeiras de escritório vazias posicionadas em locais de grande circulação, simbolizando as posições que poderiam ser ocupadas por mulheres. Cada um desses espaços contou um dado provocativo sobre a falta de representatividade feminina, despertando a curiosidade de quem passava e conectando o público aos achados da pesquisa. A iniciativa foi registrada em vídeo e amplificada por criadores que compartilharam conteúdos na plataforma para reforçar a importância da discussão e incentivar mudanças reais no mercado de trabalho.
Estima-se que o Brasil levará 53 anos para atingir um nível adequado de equidade de gênero. A campanha busca acelerar essa mudança, alertando empresas e recrutadores(as) sobre a importância de ampliar as oportunidades de crescimento feminino.
Dentre as soluções propostas pela campanha está a contratação baseada em habilidades, que pode expandir o alcance dos talentos femininos em até seis vezes globalmente. No Brasil, essa prática poderia aumentar a presença de mulheres em funções sub-representadas em 12%.
“Temos um grande espaço para avançar e para que empresas possam reequilibrar a presença feminina em indústrias historicamente masculinas, principalmente nas áreas de Tecnologia, Construção e Logística. Já em setores onde as mulheres são maioria, como Saúde e Serviços ao Consumidor, a prática poderia contribuir para uma força de trabalho mais equilibrada, ampliando a diversidade e impulsionando ainda mais a inovação”, analisa Ana Claudia Plihal, Head de Soluções para Talentos do LinkedIn Brasil.
Apesar dos desafios, a transformação é possível, e tanto empresas quanto recrutadores(as) têm um papel fundamental nessa evolução. Investir em processos seletivos mais inclusivos, com descrições de vagas que priorizem habilidades ao invés de experiências específicas, é um primeiro passo. Programas de mentoria interna, incentivo ao aprendizado contínuo e reforço de mensagens que mostrem o impacto positivo das lideranças femininas na organização podem acelerar o equilíbrio de gênero. Além disso, revisar políticas de benefícios, flexibilidade e suporte contribui para um ambiente mais acolhedor e propício ao crescimento profissional feminino.
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