Por Ana Hilda Randal, Head de Inovação e Marketing da Zenir
O varejo brasileiro tem vivido transformações profundas. A digitalização acelerada, o avanço do comércio eletrônico e o uso intensivo de tecnologias levantaram um debate recorrente: será que as lojas físicas vão perder espaço para os canais digitais?
A resposta, para quem está na linha de frente do varejo, é clara: não é sobre substituir, mas somar. As lojas físicas continuam com a maior porcentagem de vendas, segundo dados NielsenIQ (2023). “Mesmo após a aceleração do e-commerce na pandemia, 92% das vendas no varejo brasileiro acontecem em lojas físicas”, portanto, o Ponto de Venda é um espaço insubstituível de relacionamento, proximidade e confiança.
Mas não podemos ignorar o crescimento constante e consistente do e-commerce, que somente no Brasil, movimentou em 2024 R$351,4 bilhões, um incremento de 19%, comparado ao ano anterior. Os canais digitais ampliam as possibilidades de contato, oferecendo conveniência, personalização e novas formas de engajamento.
O setor busca hoje uma experiência verdadeiramente omnichannel, na qual os canais se conectam e a jornada de compra é fluida: o cliente pode pesquisar online, testar na loja e finalizar no app; comprar no site e retirar presencialmente; ou ser impactado nas redes sociais e concluir a compra na loja. Essa integração transforma transações em relacionamentos duradouros, adaptando-se à realidade de cada consumidor.
Mais do que vender, o varejo precisa criar experiências. A tecnologia, quando usada de forma estratégica, abre caminho para compreender hábitos, antecipar necessidades, ser mais competitiva e oferecer soluções sob medida, mas é no equilíbrio entre inovação e atendimento humano que reside a verdadeira diferenciação competitiva.
Na Zenir, acreditamos que a inovação tem esse papel: aproximar, personalizar e transformar a experiência de compra, sem abrir mão da confiança, do olho no olho. É por isso que, ao mesmo tempo que investimos em digitalização e inteligência de dados, expandimos a nossa presença física.
No fim das contas, o que permanece é o mesmo de sempre: o cliente no centro da estratégia. E o futuro do varejo – híbrido, conectado e humano – já começou.
