Setor celebra data com crescimento de consumo e expectativas de melhora na competitividade
Hoje é o Dia Mundial do Ovo. A data é comemorada em todo o planeta nas segundas sextas-feiras de outubro de cada ano. No Brasil, as celebrações acontecem de Norte a Sul do País, envolvendo desde produtores, entidades estaduais de avicultura e o Instituto Ovos Brasil, além de apreciadores e entusiastas da proteína animal cujo consumo foi o que mais cresceu nos últimos quinze anos.
De acordo com a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), em 2007, cada brasileiro consumia 131 unidades por ano. Entretanto, este índice praticamente dobrou, estando hoje em 257 unidades anuais, conforme último levantamento setorial, realizado em 2021.
A Tijuca Alimentos é uma empresa cearense que atua há mais de 50 anos no mercado de alimentos, dedicados à produção e comercialização de Ovos, Frangos e Queijos. Para Juliana Faheina, Coordenadora de Estratégia e Comunicação do Grupo Tijuca, o produto faz parte do dia a dia do brasileiro, e possui uma carga afetiva para a população.
“Nós, da Tijuca, trazemos um produto de qualidade e confiança para que possamos fazer parte das memórias criadas na cozinha e nos pratos das pessoas. Nossa principal estratégia é reforçar os valores nutricionais do ovo e a sua importância na alimentação, além de trazer sempre novidades para o mercado”, afirma.
Hoje, o Brasil é o sexto maior produtor de ovos do planeta. Por segundo, são produzidos no país 1.743 ovos, tendo como base a produção total de 2021, com 54,973 bilhões de unidades. Os principais estados produtores são São Paulo (29,6% do total), Minas Gerais (10,5%), Espírito Santo (9,1%), Pernambuco (8,1%) e Rio Grande do Sul (5,8%), mas há polos de produção espalhados de Norte a Sul do País.
As comemorações do dia do ovo são especiais para as empresas que comercializam o alimento. Juliana comenta sobre como a Tijuca se prepara para a data.
“Ao longo de todo o mês de outubro, estamos com a campanha “Que bom que tem de ruma”, onde trabalhamos toda a nossa linha de ovos que vai desde os de codorna, brancos e caipiras comuns até adicionados de selênio produzidos por galinhas livres (criadas sem o uso de gaiolas). Também preparamos uma campanha especial para a data, que está em todas as nossas plataformas”, afirma.
A Avine, empresa cearense fundada em 1992, está entre as maiores produtoras de ovos de galinha e de cordona do país, com uma produção que ultrapassa 2.000.000 ovos/dia. Para o Diretor Executivo da Avine, Airton Júnior, a data é importante para reafirmar o compromisso de levar sempre o melhor para o público consumidor.
“Nosso objetivo é levar mais saúde e qualidade de vida para a mesa de milhares de famílias. Para cumprir com esse objetivo, mantemos um portfólio diversificado e constante investimento em tecnologia, pontos que nos diferenciam no mercado”, afirma.
Airton Junior afirma também que a Avine busca maior expansão para outras regiões em 2023, além de se consolidar cada vez mais no mercado da região Nordeste, onde já atua há mais de 30 anos.
“Nós temos orgulho dessa marca, que é cearense e se consolidou como uma das maiores da região Nordeste, estando presente da Bahia ao extremo norte do país. Para 2023, nosso intuito é investir cada vez mais na consolidação do nosso portfólio. Destaque para as linhas enriquecidas, como a Ômega 3, e voltadas para a nutrição infantil, como a Chico Bento, além dos ovos caipiras e os vindos de galinhas livres de gaiolas”, comenta.
De acordo com o presidente da ABPA, Ricardo Santin, os investimentos em produtividade e as fortes campanhas de esclarecimento sobre as propriedades do produto foram determinantes para que o ovo se transformasse em alimento prioritário na dieta média da população brasileira.
“Antes havia estigmas severos sobre o ovo, com informações equivocadas relacionando-o ao aumento de colesterol e outros malefícios à saúde. A partir disso, um amplo trabalho de esclarecimento pautado por informações científicas e pela ampliação da capacidade produtora do Brasil foi estabelecido, e permitiu disponibilizar à população oferta de produtos que superam a média global de consumo, que é de 230 unidades”, analisa Santin.
Em torno de 99,5% da produção nacional é destinada ao mercado interno, sendo exportado apenas 0,5% do total. Apesar disso, o produto brasileiro tem conquistado cada vez mais espaço no mercado internacional, com exportações acumulando alta de 13,5% até agosto de 2022.
“O ovo é, hoje, estratégico para a segurança alimentar do Brasil, com praticamente toda a produção sendo destinada às nossas gôndolas. Entretanto, o setor viu no mercado internacional uma oportunidade de equilibrar as contas, o que também tem gerado divisas importantes para o país. Com a melhora nos estoques de passagem dos grãos este ano, em relação à safra passada, esperamos que ocorra uma melhora na capacidade competitiva do ovo, mantendo seu papel como proteína acessível e fundamental para a nutrição da população brasileira”, completa o presidente da ABPA Ricardo Santin.
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