13ª edição

O papel da indústria na geração de novos comportamentos 

Por Redação

24/09/2024 16h19

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A ideia de se tornar um consumidor consciente não é algo novo, no entanto, tem estado mais presente nas discussões, pela urgência em tornar este perfil uma realidade da maioria. Pessoas espalhadas pelo mundo todo têm olhado mais para a cadeia produtiva dos seus bens de consumo antes de finalizar a sua compra. De acordo com estudo da Union + Webster, 87% dos brasileiros preferem adquirir produtos que respeitem as práticas sustentáveis. 

Definitivamente, os brasileiros têm alterado seus comportamentos como consumidores, assumindo uma postura mais ecológica e optando por mudar a realidade a partir do presente, e não do futuro. No mercado digital essa preocupação também é evidente. De acordo com a plataforma Mercado Livre, no e-commerce, o consumo desse tipo de produto tem aumentado em 40% quando se trata de consumidores brasileiros, número que fica acima da média da América Latina, que registrou aumento de cerca de 30%. 

Toda mudança acaba gerando outras mudanças. Quando um consumidor muda o seu comportamento e passa a valorizar fatores que anteriormente não eram notados, as marcas também iniciam processos para se adequar a essa nova realidade, com mais transparência e buscando oferecer aos seus clientes a melhor experiência possível. Assim como também acontece de maneira contrária: quando a necessidade de se cultivar um consumidor sustentável é iniciada pela própria indústria. 

E foi desse modo que a Construtora Dubê idealizou e projetou, há 5 anos, o Izz!, um condomínio convencional, mas que inovou ao incorporar a ideia de integrar um carro elétrico a um empreendimento residencial, buscando incentivar uma mudança de comportamento em seus consumidores, bem como se adequar às tendências, já evidentes, para as crescentes soluções que envolvem a sustentabilidade. 

O Izz! se destaca por oferecer um carro elétrico aos moradores, que é disponibilizado pela construtora e integrado ao condomínio. Desse modo, os residentes podem utilizar o veículo pagando uma taxa pelo serviço, que vai diretamente para o empreendimento, gerando uma receita ativa que contribui para o caixa. Além do carro, o projeto inclui bicicletas e patinetes elétricos, promovendo um estilo de vida moderno e ecológico. 

“O Izz! representa uma combinação inovadora de tecnologia e sustentabilidade, refletindo o pensamento visionário que, há poucos anos, parecia inimaginável. Com essas iniciativas, o Izz! redefine a mobilidade residencial e estabelece um novo padrão para empreendimentos futuros, alinhando-se às tendências mais avançadas de sustentabilidade e inovação”, explica Bruno Siebra, sócio proprietário da Construtora Dubê. 

A mudança de comportamento da indústria visando passar uma mensagem de responsabilidade socioambiental para o consumidor é notória em todos os mercados, buscando influenciar o usuário a tomar decisões cada vez mais pensadas.

Investir mais para fazer a coisa certa

A indústria gráfica tem também uma missão importante nesta mudança de comportamento dos consumidores. De acordo com a Indústria Brasileira de Árvores (Ibá), o consumo de papel no primeiro semestre de 2020 foi de 4,2 mil toneladas. A quantidade é alarmante, sobretudo se a geração desse material for feita de maneira irregular, o que ocasionaria o desmatamento e a intensificação do efeito estufa. 

É por esse motivo que existe o papel proveniente de reflorestamento, que é utilizado em 100% dos processos realizados pela Sobral Gráfica e Editora, empresa que atua há mais de 30 anos no mercado. Fernando Hélio Martins Brito, diretor comercial e marketing, reforça a utilização da matéria-prima sustentável e o compromisso da organização com o meio ambiente. Ele explica que 100% do papel que entra na Sobral Indústria Gráfica é proveniente de reflorestamento. 

“Isso significa que nenhuma folha de papel que nós utilizamos derruba uma árvore nativa. Todas as folhas são oriundas de florestas de pinus e eucaliptos plantados exclusivamente para este fim. A indústria papeleira pega áreas que já foram degradadas, trata o solo e planta pinus e eucaliptos que se tornam verdadeiras florestas, e, ao crescer elas são derrubadas, para que seja produzido o papel, após isso, são plantadas novamente. Apesar de ser mais caro, é a certeza de que estamos agindo de maneira correta”, explica. 

Fernando conclui afirmando que o compromisso da Sobral é com o meio ambiente e vai além do uso do papel de reflorestamento, citando, também, outras iniciativas adotadas pela empresa: “aqui nós temos outras práticas também, como o envio para a reciclagem das nossas chapas de alumínio para que sejam matéria-prima para fazer copos e panelas, por exemplo. Toda a água condensada nos aparelhos de ar-condicionado da nossa empresa é direcionada para uma cisterna onde depois é reutilizada nos jardins, nas geladeiras das máquinas impressoras”.