Como dados e insights orientam empresas e governos para escolhas mais assertivas
A era da informação trouxe um ativo indispensável para a estratégia corporativa e a formulação de políticas públicas: a pesquisa. Seja no setor privado ou no público, o levantamento e a análise de dados são fundamentais para entender cenários, prever tendências e tomar decisões mais assertivas. Em Brasília, um dos epicentros políticos e econômicos do país, essa realidade se intensifica, exigindo ferramentas cada vez mais sofisticadas para embasar estratégias de negócios e governança.
A PwC Brasil, por exemplo, que é referência em consultoria empresarial e estratégica, utiliza-se de pesquisas de mercado para mapear tendências e orientar empresas e governos. Segundo Marcos Carvalho, sócio da PwC, em Brasília, um dos estudos mais impactantes realizados pela empresa é a CEO Survey, pesquisa global lançada anualmente no Fórum Econômico de Davos.
A pesquisa ouviu mais de 4,7 mil CEOs de mais de 100 países e revelou que 45% dos executivos brasileiros acreditam que suas organizações não sobreviverão por mais de dez anos sem uma reinvenção significativa. “São insights como este que levamos para os nossos clientes e apoiamos na jornada de transformação dos negócios”, diz Marcos Carvalho.
Outra pesquisa relevante conduzida pela empresa denominou-se “Instituições de Pagamento: Inovação & Inclusão Financeira”, realizada em parceria com a Associação Brasileira de Instituições de Pagamentos (ABIPAG). Nela, foi apontado que, em 2023, o setor de cartões movimentou mais de R$3,5 trilhões, evidenciando a expansão do setor de meios eletrônicos de pagamento no Brasil. De acordo com Marcos Carvalho, esse tipo de pesquisa permite não apenas identificar tendências, mas também auxiliar as empresas na adoção de soluções inovadoras e sustentáveis.
Comunicação e pesquisa trabalham juntas
A importância das pesquisas para a tomada de decisão estratégica é inegável, seja para orientar grandes corporações, governos ou campanhas publicitárias. Na capital do país, onde as decisões impactam todo o território brasileiro, o uso inteligente de pesquisas não é apenas uma vantagem competitiva – é uma necessidade.
Segundo Marcuce Luz, diretor executivo da DeBrito Propaganda, o uso de monitoramento de dados é essencial para criar campanhas mais eficazes e segmentadas. “Na hora de pensar uma campanha, ou até mesmo na criação de peças mais pontuais, nossa equipe tem todo o cuidado com a qualidade das informações para que a análise do cenário seja a mais precisa possível”, explica Luz.
Marcuce detalha que a agência, que atende diversos ministérios e órgãos públicos, coleta dados através de pesquisas e adapta em estratégias de comunicação seguindo as especificidades de Brasília, que é um mercado totalmente influenciado por decisões políticas e institucionais.
“Posso citar a recente campanha lançada para um de nossos nossos clientes: o SENAR. Os dados mostravam que as pessoas da classe CDE não tinham conhecimento sobre o processo entre a produção do alimento, no campo, até a chegada em suas mesas e nem eram informadas sobre a contribuição do SENAR nesse processo. Então, as pesquisas nos apontaram a necessidade de conectar esses dois públicos: o que produz e o que consome. Logo, nossas peças ‘apresentaram’ o produtor rural à pessoa da cidade que consumia um alimento de qualidade por ele produzido”, detalhou Marcuce Luz.
Outro exemplo citado pelo diretor foi sobre a campanha “O Transporte Move o Brasil”, criada para o SEST e o SENAT, instituições ligadas à Confederação Nacional do Transporte (CNT). Com a pesquisa nacional realizada para planejar a campanha, foi possível identificar que uma parcela significativa da população desconhecia a atuação dessas entidades no setor de transporte. Com base nos dados, a DeBrito Propaganda conseguiu construir uma ação informativa e esclarecedora que proporcionou o aumento do reconhecimento da marca e o fortalecimento de sua relevância.