Para aplicar a abordagem, é preciso ter uma “mente jovem”, para entender que há um problema de gestão para resolver e estar aberto a uma abordagem própria para solucioná-lo
Para entender melhor o que é o Design Thinking, ouvimos a apresentação feita pelo Project Thinker Eduardo Freire ao Programa Corredores Digitais (completa aqui https://www.youtube.com/watch?v=aOJc94pInyc). Com 18 anos de experiência na área, já realizou projetos em empresas nacionais e multinacionais como BMW Group Brazil, Grupo Pague Menos, Microsoft, Caixa Econômica, Fundação Roberto Marinho, e Kimberly-Clark; Jurado do MIT Challenge LATAM em 2018 e 2019. Co-founder e CEO da FrameWork – Gestão e Inovação.
Em resumo, Design Thinking é uma forma de abordagem tomada do campo do design e adaptada às empresas e corporações. Pode – e tem sido – aplicado por grandes empresas, como Natura e Netflix, mas pode – e deve – ser aplicada também por pequenas empresas ou empreendedores. Como destaca Eduardo, a questão está em ser uma empresa de “mente jovem”, que entenderam que têm um problema de gestão para resolver e estão abertas a uma abordagem própria para solucioná-lo.
Em primeiro lugar, ele explica que não adianta ter uma boa ideia ou uma solução, mas é preciso entender se esta solução tem aderência e vai de fato resolver o problema de alguém, lembrando que, para transformar uma ideia em realidade são necessários: 1) tempo, para se dedicar a fazer e não deixar para amanhã; 2) recursos – faça com o que tem (dinheiro, tecnologia, ambiente), sem esperar pelas condições perfeitas; 3) foco – fazer gerar resultados e aprender a desapegar.
Outra dica importante compartilhada por Eduardo é que não se pode acreditar que a jornada será perfeita. Em especial no contexto de inovação, segundo ele, a única constância é a mudança. Muitos empreendedores, hoje em dia, podem até ter uma boa ideia e percorrer o caminho para colocá-la em prática, investindo, realizando, desenvolvendo o produto. Mas, quando chegam ao mercado, correm o risco de descobrir que não há quem queira comprar esta solução ou, pior, já tem alguém fazendo muito melhor.
Não é possível inovar sem entender o mercado sob a perspectiva das pessoas, enxergando se aquilo de fato é um problema para elas; e, a partir daí, partir para a ideia, protótipo e produto. O Design Thinking se aplica na utilização de métodos que buscam diversos ângulos e perspectivas para solução de problemas, priorizando o trabalho colaborativo em equipes multidisciplinares, em busca de soluções inovadoras.
Para jogar o jogo, Eduardo compartilha algumas dicas:
– Contrate pessoas capazes de solucionar problemas com criatividade;
– Lembre que o dinheiro não é o motivador mais forte, e sim o propósito;
– Para se praticar empatia, faça observação do ambiente, entenda o que está acontecendo;
– Viva a experiência do cliente;
– Pesquise se tem alguém fazendo (com o mínimo de romantismo). S já tiver, não quer dizer que não possa fazer também, mas é importante ser realista.
– Procure entender o problema (não é validar! É procurar empatizar ou viver aquele problema).
– Por fim, vá e faça. Não esperar condições normais de temperatura e pressão.