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Para 2/3 dos executivos, cultura pode representar mais de 30% do valor de mercado das empresas

Por Redação

30/10/2023 16h36

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Pesquisa da Korn Ferry entrevistou mais de 15 mil executivos e revelou a importância da cultura organizacional

A Korn Ferry, consultoria global de gestão empresarial, lançou novas descobertas que destacam o papel essencial da cultura corporativa nas organizações. A empresa entrevistou mais de 15.000 executivos em todo o mundo como parte de sua pesquisa sobre as empresas mais admiradas, e mais de dois terços deles atribuem à cultura mais de 30% do valor de mercado de suas organizações. Para 1/3 deles o número pode chegar a 50%.

A Líder de Transformação para América do Sul da Korn Ferry, Adriana Rosa, enfatiza que ” A cultura é um componente essencial na equação entre manter altos níveis de resultados atuais e futuros e o engajamento das pessoas ao longo do tempo.”

Essas descobertas chegam em um momento crucial, no qual empresas e colaboradores continuam a debater o equilíbrio entre trabalho presencial e remoto, e o papel da cultura. E o interessante é que a pesquisa apontou que, após três anos desde o início da pandemia, ainda há uma divisão de opinião considerável sobre qual deve ser o local de trabalho ideal. Mas, a opinião unânime após esse período é a importância fundamental da cultura e a ênfase em investir em cultura ao redor do mundo.

A pesquisa destaca a importância de construir uma abordagem singular para cada empresa, partindo não apenas de seus valiosos atributos atuais mas de sua visão de negócio para o futuro.

“É apenas dessa forma que a cultura funcionará como a ponte entre a estratégia e a execução”, destaca Adriana.

De acordo com o estudo, enquanto buscam alinhar a cultura com suas estratégias de negócio, para impulsionar os resultados, as organizações tem focado em elementos que consideram fundamentais para os tempos atuais:

a) ajudar as pessoas a se desenvolverem;

b) colocar o cliente no centro da tomada de decisão;

c) promover a colaboração em um mundo de trabalho híbrido;

d) manter a perspectiva de longo prazo;

e) impulsionar a responsabilidade para gerar resultados.

A pesquisa destaca também que empresas com culturas alinhadas com sua visão de negócio têm um desempenho significativamente melhor em termos de receita, e funcionários engajados superam a lucratividade dos descomprometidos. Mas para que isso aconteça, é preciso estender a função de Diretor Executivo de Cultura a todos os líderes. Quando isso é feito com sucesso, acaba-se com a desculpa de que a cultura é sempre responsabilidade de outra pessoa. Com isso, o gerenciamento deste pilar se torna coletivo, ou seja, aumenta a probabilidade de que comportamentos contraculturais sejam detectados e tratados antes de descarrilhar a estratégia ou expor a empresa a riscos.

Além disso, se todo o líder é um diretor executivo de cultura, a responsabilidade da ativação da cultura é dos indivíduos que também são responsáveis pela ativação da estratégia de negócios, fazendo com que ela seja um acelerador da conquista de objetivos. Aqui, é importante não só o papel dos C-levels e altos executivos, mas também da equipe gerencial, já que a cultura só se mantém com a ajuda de líderes em todos os níveis.

No contexto de um mundo empresarial em constante mutação, essas descobertas da Korn Ferry revelam um impacto significativo que influencia na tomada de decisões do dia a dia das organizações sobre como se adaptar aos novos modelos de trabalho e garantir o sucesso contínuo.

Adriana ainda afirma que “o que estamos vendo é uma evolução da cultura de um ‘bom ter cultura’, para um “criador de valor real para o negócio”.