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Páscoa 2022: estratégias de marketing pós pandemia devem alavancar vendas em relação ao ano anterior

Publicado em

13/04/2022 17h25

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Entenda como as docerias estão se posicionando após dois anos de Páscoa em isolamento social

 

Após enfrentar filas nos estacionamentos dos shoppings para conquistar o seu ovo de páscoa, o cliente amante de um bom chocolate vive um novo momento após a pandemia. Na Páscoa de 2022, quem deseja um ovo precisa estar disposto a desembolsar um maior valor este ano. Mas, isso não é um problema. Segundo dados da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), a expectativa dessa Páscoa é que as vendas do comércio varejista devem totalizar mais de 2 bilhões de reais. Este número representa um avanço de 1,9% no volume de vendas em relação a 2021.

 

A loja de doces Maria Cookie sabe bem o que é vender chocolates em uma pandemia. Inaugurada em abril de 2020, a doceria, até então, só tinha vivenciado a experiência de vender ovos de páscoa em um período de isolamento social. Nesta nova fase, a proprietária da loja, Tábita Pereira, destaca que a concorrência agora não é apenas com outras docerias, mas com outras possibilidades de consumo no feriado. “Quando as pessoas estavam mais reclusas em casa, elas direcionavam o tipo de consumo”, destaca a empresária.

 

Sobre a elevação dos valores dos ovos de páscoa, Tábita destaca que isso foi necessário por conta do aumento dos preços dos insumos. Porém, com as iniciativas corretas, o cliente consegue enxergar justificativas para pagar um valor maior. Essas iniciativas incluem um capricho maior nas embalagens e artes gráficas, fazendo com que o cliente não leve apenas um chocolate, mas um presente. Tábita ressalta que essas atitudes são “formas de agregar valor ao que o cliente está consumindo”.

 

Nesse novo cenário, em que a competição está elevada com as possibilidades de consumo na Páscoa, investir em campanhas publicitárias que atraem o olhar do consumidor é uma ótima estratégia. Contudo, é necessário compreender quem é o seu cliente. George Freitas, gerente de marketing da Empório Brownie, loja de doces com sede em Fortaleza e São Paulo, conta que em novembro de 2021 a doceria inaugurou a plataforma de CRM, e, isso permitiu a loja “mapear o comportamento dos clientes e expandir as formas de chegarmos até os nossos consumidores”, conta o gerente. Com isso, George disse que a partir do uso da plataforma, na Páscoa de 2022 foi possível explorar novas estratégias de comunicação com os clientes.

 

Portanto, é indispensável compreender qual a expectativa dos consumidores e em que ambiente de compra os clientes se sentem mais confortáveis. Segundo uma pesquisa realizada pela agência Conversion, apesar do crescimento do formato híbrido com 30%, ainda 52% dos entrevistados têm preferência por comprar na loja física.

 

 

Lia Quinderé, CEO & Founder da Sucré, marca de doces e salgados, destaca que “durante a pandemia tivemos um aumento no volume do digital, o qual permanece no mesmo ritmo”. Contudo, por meio do aumento de 40% de vendas nas lojas físicas em relação ao ano passado, Lia considera que o cliente “tem a facilidade do online, mas ainda gosta de estar no presencial”, conclui a empresária.

 

Para a doceira Magusta também não é diferente, a loja que recentemente abriu seu espaço físico sentiu uma forte adesão por parte dos clientes. “Percebemos uma maior procura no atendimento presencial, principalmente pós pandemia. Hoje sempre nos deparamos com 2 ou 3 clientes por dia fazendo encomenda presencial ou até consumindo no local”, conta Anna Martins, proprietária da Magusta.

 

 

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