Perguntas de um homecomer

Por Redação

31/03/2025 14h41

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Já habilito no interior, um homecomer,  e o que reclamo diz sobre a aprendizagem em movimento. Casos tratam de um meio de comunicação de ideias. Portanto, diz sobre indicação, representação, denotação das experiências e simbolismo do cotidiano do ofício de UX. Remetem uma linguagem em geral, meios convencionais da fala, expressão, palavras e frases das pessoas pesquisadores de experiência. Sobretudo, são nomenclaturas dos interesses de negócio. Exprimo um roteiro com cognominação, nomeação e nomeadura endereçado por perguntas-chaves nos oitos estádios do Planejamento de UX de Nosso Meio empreende.

O que digo contém:

1. Cenários (O quê?) – Contextualização

No contexto de cada ator-usuário, o planejador de UX depara-se com diferentes cenários que não esperava no início. Há quem utilize a solução a curto prazo via foco na dor, quem lide com o produto em pequenos frames do planejamento de negócio e até quem se sente desconfortável com algumas funcionalidades atuais por um simples querer. Estes fragmentos de realidade levam a refletir sobre os pressupostos iniciais da pesquisa – muitos deles obviamente não correspondiam à realidade dos feedback. São percebidos como pressupostos que podem influenciar de forma decisiva as decisões estratégicas.

Questões a preencher:

  • O que foi mapeado como o contexto do ator-usuário?
  • Que pressupostos foram tidos em conta?
  • Como é que estes cenários influenciam as decisões estratégicas?

2. Objetivos (Por quê?) – Direção estratégica

Na definição dos objetivos estratégicos, é dever constatar a busca por um produto mais amigável e, ao mesmo tempo, alinhado às metas de crescimento da empresa. Conclui-se que a pesquisa de UX funciona como um elo entre a satisfação do usuário e os resultados de negócio, sendo in extenso traduzir as metas estabelecidas em perguntas de pesquisa concretas. Desse modo, fica evidente que a clareza nos objetivos estratégicos determina a eficácia da investigação e garante que cada insight se relacione aos planejamentos empresariais vigentes.

Perguntas a preencher:

  • A(s) razão(ões) para o(s) objetivo(s) estratégico(s) delineado(s) no caso de Investigação UX em questão?
  • Como é que estes objectivos influenciam as decisões relativas aos produtos?
  • Existe um alinhamento entre o UX Research e os objetivos da empresa?

3. Alcance (quanto?) – Dados e métricas

Em relação às métricas coletadas, validar números e percentuais, isolados, podem parecer desconexos. Entretanto, quando interpretados em conjunto com entrevistas e observações de campo, tornam-se valiosas ferramentas para refinar hipóteses, priorizar mudanças e embasar decisões. A integração de dados quantitativos e qualitativos permite mapear comportamentos e sentimentos de modo mais completo, contribuindo significativamente para o planejamento do produto.

 Perguntas a fazer:

  • Que métricas são utilizadas?
  • Como é que os dados influenciam o planeamento?
  • Os insights quantitativos são integrados à pesquisa qualitativa?

4. Consciência (Quem?) – Compreender os utilizadores

Diz sobre a sensibilixação da pesquisa, ou seja, se a compreensão dos usuários foi aprofundada por meio de entrevistas e técnicas de observação vigilantes. Em alguns casos, relataram-se usos que não haviam sido previstos, enquanto outros apontaram dificuldades que não constavam entre as prioridades iniciais. Esses episódios evidenciam a variedade de realidades e bagagens individuais. Para captar percepções autênticas, cria-se um ambiente favorável à abertura e à confiança. Verifica-se, ainda, a necessidade de adaptar a abordagem de pesquisa a diferentes públicos, considerando características específicas de cada grupo.

Questões a preencher:

  • Quem são os principais utilizadores mapeados?
  • Como são realizadas as entrevistas para captar insights autênticos?
  • A empresa adapta as abordagens a diferentes públicos?

5. Tácticas (Quais?) – Métodos e ferramentas

A escolha de métodos de UX Research varia conforme o tipo de informação desejada. Testes de usabilidade, entrevistas em profundidade e questionários (surveys) foram algumas das opções empregadas. Cada método oferece um ângulo específico, exigindo uma análise sobre o contexto, o tempo disponível e os insights buscados. Em vários projetos, opta-se por uma combinação de métodos qualitativos e quantitativos, garantindo uma visão mais ampla. Dessa forma, é imperativo estabelecer critérios e padrões para embasar decisões sobre qual abordagem utilizar em cada etapa do processo de pesquisa.

Perguntas para preencher:

  • Que métodos de UX Research são mais utilizados?
  • Como é que se escolhe entre métodos qualitativos e quantitativos?
  • Existem normas para definir a melhor abordagem?

6. Execução (Quando?) – Aplicação do Planeamento

Um dos pontos críticos identificados no Planejamento de UX é o momento de integrar a pesquisa no ciclo de desenvolvimento do produto. Em alguns casos, a pesquisa ocorre apenas antes de um lançamento, o que provocava ajustes de última hora. Posteriormente, adota-se uma estratégia de envolvimento desde a concepção do produto, evitando retrabalho e possibilitando correções antecipadas. Determina-se, assim, a necessidade de um cronograma estruturado, alinhado com as equipes de desenvolvimento e marketing, para que a pesquisa seja percebida como parte essencial do processo e não como um apêndice sem uso.

Perguntas a responder:

  • Em que altura é que a Investigação UX tem lugar no ciclo do produto?
  • Existe um calendário estruturado?
  • Como está organizada a equipa de UX para realizar a investigação?

7. Aprendizagem (Então?) – Transformar as ideias

Uma etapa essencial do processo consiste em documentar e compartilhar internamente os resultados e insumos e insights obtidos. Verifica-se que, ao disseminar essas descobertas, novas ideias surgem e modificações de grande impacto podem ser desencadeadas. Nesse sentido, constata-se a importância de um processo formal de aprendizado contínuo, em que pesquisas anteriores são revisitadas para analisar padrões, erros recorrentes e oportunidades de melhoria. Essa prática reforça a evolução constante e amplia a maturidade da organização em UX Research.

Questões a preencher:

  • Como é que os conhecimentos são documentados e partilhados internamente?
  • Existe um processo formal de aprendizagem contínua?
  • Existem exemplos de como a investigação teve impacto nas decisões estratégicas?

8. Internalizar (Onde?) – Reflexão e Melhoria Contínua

Finalmente, observa-se a importância de incorporar a cultura de UX Research na empresa, de modo que a pesquisa seja vista não apenas como um conjunto de métodos e ferramentas, mas como uma mentalidade que permeia o dia a dia. Práticas contínuas de reflexão sobre métodos utilizados e resultados obtidos levam à implementação de melhorias constantes. Quando bem estruturado, o processo de pesquisa embasa decisões estratégicas e contribui para uma cultura organizacional voltada às necessidades reais dos usuários.

Questões a serem preenchidas:

  • Como é que a empresa reflecte sobre as suas práticas de investigação?
  • Existem melhorias contínuas no processo de UX Research?
  • O UX Research está integrado na cultura da empresa?

Crido isso, o caso de UX está montado. Planejado para ser escalado em um loop de aprendizagem contínua. Tal, a minha neste retorno ao interior, de volta a cada de um homecomer.

Kochav Nobre
Auditor de pesquisa na Ernst & Young
Kochav Nobre é auditor em pesquisa na Ernst & Young (EY). Professor designado na Universidade do Estado de Minas Gerais. Pesquisador visitante do Zentrum für Medien- Kommunikations- und Informationsforschung (ZeMKI) da Universidade de Bremen na Alemanha (2022) e Max Kade German-American Center da Universidade de Kansas (2018). Graduado em Publicidade pela Escola Superior de Propaganda em Marketing, mestre em Sociologia e doutor em Estudos da Mídia.Possui mais de dez anos de experiência em pesquisa e oito anos em docência. Inventor do software Qualichat, desenvolvido em seu pós-doutoramento na UNICAMP, entre 2020 e 2022. Fundador do Ernest Manheim Laboratório de Opinião Pública.