Para “dar voz ao outro lado”, o Comunique-se divulgou nesta semana a pesquisa “Jornalistas de redação na visão dos assessores de imprensa”, após ter apresentado os dados da pesquisa em que ouviu a visão dos jornalistas sobre os assessores.
Tendo ouvido 827 assessores de imprensa de 25 estados brasileiros, entre os dias 30 de novembro e 10 de dezembro de 2020, a pesquisa tem como objetivos: compreender a relação entre assessores e jornalistas de redação, criar insights que possam ser compartilhados com todos os profissionais da área, entender as melhores práticas e o comportamento do setor, e contribuir para o desenvolvimento de uma boa relação.
Antes de ir para os dados, mais uma informação inicial: o Ceará é o quarto dentre os cinco estados que tiveram maior participação, sendo São Paulo, Rio de Janeiro e Distrito Federal os primeiros, e Minas Gerais o quinto.
Vamos aos dados apontados pela pesquisa:
– A maioria (88,5%) dos respondentes têm graduação em jornalismo, e outros se dividem em relações públicas, publicidade, marketing e outras áreas.
– Mais de 40% trabalham em agência, seguido de órgão público (23%), departamento de comunicação em empresa (21%) e freelancer (12,6%).
– 49% dos respondentes estão em cargos de liderança.
– Editorias mais utilizadas pelos respondentes: Economia, Saúde, Tecnologia, Cotidiano e Sustentabilidade.
– 91,2% afirmaram que a atuação do assessor de imprensa é um trabalho jornalístico e 8,8% disseram que não.
– Questionados sobre “as redações, hoje enxutas, são dependentes do trabalho do assessor”, 52,4% responderam “Sim”, 39,5% responderam “Algumas redações” e 8,1% responderam “Não”.
– 66% dos assessores responderam que já atuaram em redação.
– Sobre a preferência dos meios para contatar os jornalistas, os assessores classificaram e-mail (preferido por 33%) e WhatsApp (31%) como principais ferramentas.
– 48% dos assessores utilizam mailing para encontrar o contato dos jornalistas. Ligar na redação, procurar no site e redes sociais vêm em seguida.
– Sobre a relação com os jornalistas, o que mais incomoda os assessores veio numa lista: ser grosseiro nas respostas, não responder e-mails e mensagens, não apurar dados da matéria, pedir exclusividade e não publicar, não cumprir combinados, cometer erros frequentes em matérias estão entre as respostas.
– Sobre a qualificação dos jornalistas, 60,7% dos assessores avaliam como boa ou excelente; 83% avaliam positivamente a qualidade do trabalho e 56% avaliam bem a qualidade da apuração feita. A apuração foi considerada ruim por 38%.
– A pesquisa ouviu os entrevistados sobre uma prática que gera polêmica, o follow up: 31,1% avaliam que os jornalistas reagem mal ou muito mal, e 44,9% são neutros; apesar de esta ser uma prática ainda considerada muito importante para conseguir emplacar pautas: 75,6% dizem ser importante ou muito importante.
Confira mais detalhes das pesquisas citadas:
– Pesquisa “Assessor na visão do jornalista”
– Pesquisa “Jornalista na visão do assessor”