As histórias das mulheres cearenses contam como “ser arretada” é um traço no DNA do mercado nordestino
Uma pesquisa inédita, realizada pela Serasa Experian, identificou que 35% das mulheres que empreendem no Brasil se classificam como “Empreendedora por Vocação”, ou seja, que ‘sempre tiveram visão de negócio para identificar as oportunidades’ e que ‘foram incentivadas a terem o seu próprio negócio desde cedo’. Em conversa com empreendedoras cearenses, a paixão pelos negócios nasceu de motivações pessoais.
Para as líderes e fundadoras da assessoria Capuchino Press, Karla Rodrigues e Renata Benevides, a empresa nasceu de um sonho e da paixão por comunicação. Desde 2010, a Capuchino vem desenvolvendo soluções personalizadas em assessoria de imprensa e relações públicas para empresas locais, regionais e nacionais.
“Acho que somos comunicadoras por vocação. O empreendedorismo foi e é um aprendizado diário. Nós acreditamos que somente o trabalho com muita dedicação e seriedade pode ser guia para trilharmos nosso caminho de forma correta e eficaz”, afirmam.
O levantamento da Serasa, que teve como objetivo entender quais são os perfis das empreendedoras brasileiras, também revelou que 25% empreendem para ter um propósito, enquanto 22% pela vontade de desbravar esse mercado e 18% para ser independente financeiramente.
Independente da motivação, a jornada do empreendedorismo é desafiadora. Exemplo disso é a história da CEO da Distribuidora Ciranda Tupperware , Ana Flávia, que ao perder sua mãe, precisou assumir os negócios da família.
“Me enxergo hoje como empreendedora por empurrão mesmo, mesmo tendo toda inspiração e experiencia morando ao meu lado, achava que não era capaz. E com o falecimento da minha mãe, não tive escolha… tive que viver o luto, vencer o medo, fazer pela a família e pela força de vendas. Estudei e estudo muito até hoje, hoje sei que sempre tive a vocação, mas não iniciei acreditando nela”, ressalta.
Ainda segundo a pesquisa, 62% das entrevistadas disseram empreenderem sozinhas, 30% têm microempresa, 6% empresa de pequeno porte e 1% empresa de médio porte. Os segmentos mais comuns foram “Serviço” (57%), “Comércio varejista” (24%), “Indústria” (4%), “Comércio atacadista” (3%) e “Outro” (12%).
Para Márcia Travessoni, empresária e jornalista, o desejo de estar sempre em movimento é algo que a motivou, mesmo estando há mais de 15 anos no mercado de comunicação e moda, pretende expandir os seus horizontes e abrir novos negócios.
“Eu me sinto empreendedora por vocação porque ao longo da minha carreira eu já participei de várias coisas. Eu sempre tenho vontade de estar realizando e colocando algo novo no mercado, seja um projeto, seja um novo negócio”, afirma.
Dentro das mostras da pesquisa e dos relatos colhidos pelas empreendedoras cearenses, a força de vontade feminina é algo que sobressai os entraves de montar o negócio. As histórias das mulheres cearenses contam como “ser arretada” é um traço no DNA do mercado nordestino.
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