Crescimento do uso da inteligência artificial e estratégia de pop-up stores serão algumas das apostas do phygital no varejo para o próximo ano, aponta especialista
Com consumidores cada vez mais exigentes, mais difíceis de fidelizar, atentos às novidades e interessados em pesquisar antes de comprar um produto, ganham as marcas que se dispõem a evoluir junto das transformações do mercado.
Entre elas, existe no varejo a tendência das experiências de compra phygital, que vêm crescendo ano após ano, e da qual 60% dos consumidores reconhecem gostar, de acordo com levantamento realizado pela consultoria MindTree.
“As compras no modelo phygital permitem unir as experiências que o online e presencial proporcionam aos consumidores, garantindo aos mesmos, se bem executada, uma experiência positiva em todos os canais de venda do varejo”, afirma Andrei Dias, o Head de Vendas da Nexaas, retail tech especializada em inovação para o setor.
Para entender como o phygital estará cada vez mais presente nas experiências de compra dos consumidores, Andrei pontua as principais tendências para o mercado do varejo em 2023.
Confira:
1.Pop-up stores
Conhecida também como “varejo flash”, as lojas pop-ups (uma alusão às janelas online que se abrem por cima da janela principal quando acessamos uma página na internet), são a presença de uma marca num espaço físico por um período determinado de tempo.
“Nos últimos meses tivemos alguns casos de sucesso de pop-up stores no Brasil. Por serem temporárias, pode-se ousar e investir mais em oferecer experiências diferentes do que os consumidores estão acostumados, chegando a encantá-los e com grandes chances de fidelização”, aponta Andrei.
2.Atendimento personalizado
Com a valorização do Smart Data, que são dados definidos como importantes, filtrados do Big Data, espera-se que a análise de grandes volumes de informação traga uma solução de problemas eficiente, melhorando a experiência dos consumidores nas lojas.
“Uma vez que temos noção de que todos os nossos movimentos estão sendo registrados enquanto estamos num site, por exemplo, passamos também a nos tornar mais exigentes para que nos seja mostrado o tipo de produto que temos tendência a comprar”, continua o executivo.
3.Inteligência Artificial
Outra forte tendência é o uso da Inteligência Artificial (IA), que facilita o dia a dia dos consumidores. Um exemplo de uso de IA são chatbots inteligentes, que podem solucionar dúvidas dos consumidores no e-commerce e direcionar os usuários com mais eficiência. A solução também pode ser benéfica aos lojistas para a manutenção do estoque.
“Já convivemos com diversos sistemas de Inteligência Artificial, como os de comando por voz, por exemplo, que realizam funções antes manuais. Dentro do varejo phygital isso tende a ser mais frequente, uma vez que é um investimento que traz bons resultados de satisfação, além de uma maior economia de tempo”, examina Dias.
4.Ecossistema diversificado de pagamentos
Todas as partes da experiência contam para os consumidores, mais impacientes e imediatistas com o passar do tempo. Uma tendência que vem se concretizando é a aposta na diversificação das formas de pagamento, além dos tradicionais caixas em lojas. Totens de autoatendimento e links para checkout online podem diminuir as filas no estabelecimento físico e conquistar o cliente pela praticidade.
“Ter que ficar numa fila por mais de 10 minutos já é um grande diferencial para muitas pessoas, com certeza. É ainda onde muitas marcas perdem suas vendas”, aconselha.
5.Foco no consumidor
Por último, mas não menos importante, o foco já não deve ser apenas o produto, mas sim na pessoa que o compra, e colocá-la no centro das decisões é uma tendência no varejo.
“Marcas inteligentes mostram ao consumidor que ele tem 100% de autonomia, deixando-o escolher como quer se relacionar com a marca, como deseja realizar uma compra, em qual momento, por qual canal, sendo do papel da empresa apenas manter todas as informações de acordo, independemente do ambiente físico ou online. Assim, há grandes chances de oferecer uma experiência memorável, que provavelmente vai se repetir”, conclui Dias.