11ª edição

Primeiro, a informação

Por Redação

19/03/2024 10h57

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O desafio dos publishers de notícias é garantir a produção e oferta de conteúdo com alta qualidade e relevância, em meio à proliferação de pontos de contato e plataformas. Por quanto tempo temos ouvido sobre os desafios da indústria em se adaptar às mudanças na forma de consumir conteúdo? Para os players focados em notícias, os desafios são ainda maiores. Anualmente, relatórios de tendências produzidos por consultorias atualizam a lista de novas tecnologias, plataformas ou movimentos de mudanças culturais e de comportamento dos consumidores. Tudo isso, em conjunto, impacta em como operamos no momento atual e como nos preparamos para o próximo movimento, tentando equilibrar o bom uso de todas essas novidades com a saúde e gestão dos negócios.

No caso da CNN Brasil, todos os caminhos para responder a esses desafios passam por um ponto em comum: a informação. É o ponto fundamental que gera a notícia, que pode virar matéria-prima para o aprofundamento de uma análise ou até de um debate sobre os diferentes pontos de vista acerca do que aquela informação quer dizer. Respeitar a essência disso faz com que pensemos em como a audiência receberá essa informação da maneira mais clara e acessível possível, seja qual for o meio ou plataforma em que a esteja consumindo. Por exemplo: o cnnbrasil.com.br está em sua terceira versão de layout, detalhadamente pensado para cada tipo de tela, em cada dimensão e resolução. A evolução em cada uma das versões foi sempre pensada em como entregar o conteúdo de forma que ele possa ser consumido adequadamente, com espaços para imagens e vídeos contextualizados, sem intervenções agressivas de informações que atrapalhem a comunicação entre o jornalista e a audiência.

O site é um exemplo de propriedade digital, mas o mesmo conceito se aplica à distribuição do conteúdo em outras plataformas de vídeo ou mídias sociais. No ar desde março de 2020, a CNN Brasil já soma mais de 20 milhões de seguidores em suas redes sociais, mantendo o mesmo cuidado com a informação e responsabilidade com o consumidor em detrimento da busca única e exclusiva por métricas de engajamento. Há inovação nos formatos, na linguagem, e em boas práticas provenientes do relacionamento com as áreas de atendimento das plataformas, mas sem deixar que isso interfira na qualidade do conteúdo.

Mesmo a busca por altos volumes de métricas de engajamento não sendo o foco, a decisão por atrelar todo movimento e inovação ao usuário traz também bons indicadores de performance. A audiência reconhece esse cuidado e retribui com sua atenção, tempo dedicado, retorno, etc. O site tem crescido consistentemente em audiência, na contramão da tendência de estabilidade e até leve queda da indústria. Em momentos de “breaking news”, como por exemplo, na apuração da última eleição presidencial, o canal no YouTube chegou a 1 milhão de pessoas simultâneas no conteúdo ao vivo. A estratégia de short videos é reconhecida e foi um caso global apresentado no último ano em evento promovido pelo YouTube para publishers globais de notícias. Ainda um spoiler, mas a CNN Brasil é um caso em parceria com uma plataforma de publicidade digital com foco em experiência, a ser divulgado nas próximas semanas.

Inovar sem perder o foco no que importa tem sido a melhor escolha para manter a relevância. E é isso que credencia um produtor de conteúdo a oferecer espaços de boa experiência para o usuário e permite que as marcas tomem emprestada a credibilidade do publisher para alcançar suas audiências com respeito e segurança. Tendo isso em primeiro lugar, a brand safety e a brand suitability deixam de ser conceitos perseguidos indefinidamente e passam a ser atributos naturais do seu conteúdo. Henrique Simões, publicitário, com MBAs em Gestão de Marketing pela FGV e Ciências do Consumo pela ESPM, tem mais de 20 anos de jornada no mercado de comunicação. Sua experiência passa pelas cadeiras de especialista de insights e executivo de negócios para groceries no Google, Head de Negócios da Kantar para Grupo Globo, Head de Insights de Varejo, CPG e Real Estate no Grupo Globo e, atualmente, lidera como Diretor Executivo as áreas de conteúdo nativo digital e CMI da CNN Brasil. Foi professor convidado na pós-graduação de Marketing Digital da FAAP e atualmente faz parte da turma do Executive MBA do IESE 2026.