Companhia acaba de finalizar a primeira edição do Eleve Elas, programa de capacitação focada em arquitetura de software
Ainda que nos últimos anos tenha acontecido um avanço no debate sobre a importância das mulheres no mercado de TI, a participação delas ainda é muito baixa. No Brasil, dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) apontam que apenas 20% dos profissionais de TI são mulheres. Quando o recorte é para as lideranças na área de tecnologia a participação é ainda menor. Segundo uma pesquisa de 2020, promovida pela KPMG, em parceria com a Harvey Nash, apenas 11% das lideranças globais de tecnologia são mulheres.
Para aumentar a participação das mulheres em cargos técnicos de maior senioridade na área de desenvolvimento, a Ambev Tech, hub de tecnologia da companhia, capacitou 27 mulheres com o Eleve Elas. Desde novembro as desenvolvedoras selecionadas que atuam na Ambev Tech, e nas plataformas do Zé Delivery e do BEES, participaram de uma formação focada em arquitetura de software.
Além do conteúdo do curso, todas as mulheres tiveram mentorias realizadas com profissionais da companhia que as ajudaram a complementar os conteúdos das aulas. Somado a isso, as participantes tiveram acesso a nano cursos e certificações extras da FIAP (Faculdade de Informática e Administração Paulista), a partir de uma parceria da Ambev Tech com a entidade de ensino.
Ao final da formação, as participantes se dividiram em grupos para desenvolver um projeto de MVP – sigla em inglês para Minimum Viable Product, ou Produto Mínimo Viável, que significa construir a versão mais simples e enxuta de um produto, empregando o mínimo possível de recursos, para entregar a principal proposta de valor da ideia – para o app Zé Delivery. As vencedoras do desafio ganharam uma bolsa integral para os cursos de curta duração em tecnologia da FIAP.
“Por meio da escuta ativa identificamos a necessidade de criar esse projeto. A ideia é, num curto e médio prazo, que essas mulheres ocupem os cargos de engenharia de dados. Após os ciclos de avaliação, vamos analisar os pontos de evolução delas e entender os de melhoria para trabalharmos nas mentorias que seguem mesmo após a conclusão do programa, para fechar esses gaps e acelerar essa virada de função. Foi muito legal participar do júri e ver a qualidade dos projetos apresentados. Sabemos do desafio de ter mulheres em posição de liderança técnica no mercado de tecnologia e ver esse programa acontecendo aqueceu o meu coração. Elas elevaram o nível!”, afirma Fabi Reinert, Head de Engenharia da Ambev Tech.
As participantes da iniciativa destacam que além de estarem se desenvolvendo e aprendendo sobre uma nova área, o programa tem gerado uma identificação entre as participantes.
“Sou desenvolvedora na Ambev Tech há 4 anos e tenho participado do Eleve Elas há alguns meses. O programa tem sido libertador. No meu dia a dia eu não atuo com muitas mulheres desenvolvedoras, mas agora com o programa, duas vezes por semana eu estou em uma sala onde só tem mulher. A gente pode trocar ideia, conhecer coisas novas e o mais importante: podemos trilhar essa jornada e conquistar o nosso espaço na tecnologia”, relata Priscila Graziele, desenvolvedora na Ambev Tech.
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