Erick Ferraz, da Fulgor, Rogers Tabosa, da Um+Design, e Thiago Peixoto, da EBMQUINTTO, respondem.
Segundo dados da Datareportal, em janeiro de 2024, o Brasil contava com 144 milhões de usuários ativos em redes sociais, o que representa 66,3% da população total. Esse aumento não é observado apenas na quantidade de usuários, mas também no tempo que cada brasileiro passa conectado, colocando o país em segundo lugar no ranking mundial de usuários que ficam mais tempo online.
Dentro desse oceano de usuários, estão as marcas. Ansiosas para conquistar um espaço na mente das pessoas, as empresas precisam se destacar e cumprir a proposta das redes sociais: interação.
Porém, existe um desafio. Atuar nas redes sociais alinhado ao branding e, ao mesmo tempo, com uma linguagem humanizada exige maturidade e um esforço diário da marca.
“Infelizmente, muitas empresas têm medo de definir uma personalidade e acabam se comunicando de maneira corporativa, genérica e robótica. No ambiente offline, uma propaganda bem-feita muitas vezes conseguia esconder esse problema. No digital, isso não acontece”, aponta Erick Ferraz, diretor criativo da Fulgor Brand Studio.
É necessário que a marca revele seus atributos e coloque em prática sua verdadeira identidade. Mais do que um simples propósito de sedução, a marca deve produzir conteúdo consistente, interessante, humanizado e alinhado ao seu propósito.
“Falar sobre o branding no ambiente digital é falar sobre criar uma presença sólida e consistente, que represente a essência da marca, estabelecendo uma conexão emocional com o público”, explica Rogers Tabosa, CEO da Um+ Design e Comunicação.
“Foi o caso do Walmart e, mais recentemente, do Hapvida, que procuraram adaptar de forma discreta, mas eficaz, seu branding para o ambiente digital, com cores mais vivas e vibrantes”, complementa.
Confira mais sobre o rebranding do Walmart
Confira mais sobre o rebranding do Hapvida
Erick destaca que, para a marca que possui um branding bem definido e vivido na prática, estar no ambiente digital torna-se uma consequência e uma oportunidade de ouvir, interagir e observar o cliente.
“Com isso estruturado, transpor a estratégia para o digital torna-se uma questão de imersão nesse ambiente, e não de qualquer maneira, mas ocupando os espaços digitais onde o cliente está. A grande vantagem das plataformas atuais é justamente permitir uma comunicação unilateral. O digital não é apenas um espaço para divulgar sua propaganda, mas também para observar, ouvir o cliente, aprender sobre ele e ajustar sua estratégia de forma dinâmica”, comenta o diretor criativo da Fulgor.
Isso não significa que as marcas presentes nas redes sociais devam seguir cegamente as tendências da plataforma. Movimentos virais devem ser observados, mas precisam passar pelo filtro da marca.
“Toda ideia precisa ter como ponto de partida o alinhamento com o propósito da marca em questão. Não é toda tendência que deve ser utilizada na estratégia de conteúdo, mas, se houver alguma conexão, ela deve ser aproveitada de maneira simples e rápida para aproveitar o ‘hype’”, pontua Thiago Peixoto, COO da EBMQUINTTO.
Para aproveitar os melhores momentos nas redes sociais, as marcas precisam focar no monitoramento constante e na análise de dados, a fim de dar passos rumo ao sucesso, humanização e encantamento.
“Hoje, o monitoramento e o acompanhamento por parte da equipe de comunicação são fundamentais para se destacar e não perder oportunidades. Acompanhar as plataformas mais acessadas pelo público-alvo é um bom ponto de partida para mapear e identificar as tendências que mais se conectam com a marca”, finaliza Thiago.
