Empresas apostam em cultura, propósito e comportamento para garantir contratações que geram resultado e perenidade
A compreensão das organizações sobre o fato de que contratar bem é investir diretamente na reputação, na produtividade e na longevidade da marca tem sido mais presente, por isso a busca por talentos deixa de ser apenas um processo de triagem de currículos e passa a ocupar espaço central nas estratégias dos negócios. Bons exemplos desta prática, no Grupo Alyne e no Grupo Clarus, a área de Recursos Humanos tem sido tratada como um braço estratégico da gestão, capaz de conectar cultura, propósito e resultado.
Alyne Gurgel, diretora administrativa e financeira do Grupo Alyne Cosméticos, diz que na empresa o ponto de partida de qualquer seleção é o alinhamento com o DNA da marca. “Realizamos uma análise de perfil comportamental pautada no propósito e nos valores do Grupo Alyne. As ferramentas que desenvolvemos para o processo de seleção foram cuidadosamente construídas a partir da nossa forma de ser e de fazer”, explica.
Mais do que avaliar competências técnicas, a empresa busca compreender se o candidato compartilha dos mesmos valores e comportamentos que sustentam a marca. “Ter as pessoas certas nos lugares certos, com foco em resultados e na alta performance, é o que garante a perenidade e a força da nossa marca”, acrescenta.
No Grupo Clarus, a coordenadora de RH Thamiris Lima reforça essa visão. Para ela, o segredo está em entrevistas por competência, que permitam identificar atitudes e comportamentos coerentes com os valores da empresa. “Busco fazer perguntas estratégicas que revelem se o candidato é comprometido, empático e responsável. Também observo se há sintonia com a cultura organizacional, porque é isso que garante o encaixe verdadeiro”, explica.
Do recrutamento à retenção
Contratar é apenas o primeiro passo. Manter o colaborador engajado e alinhado à cultura é um desafio diário. “O pós-contratação é fundamental. Nos primeiros três meses, acompanhamos de perto o novo colaborador, identificando suas forças e lacunas, e reforçando nossos valores. Esse acompanhamento garante que ele evolua dentro da empresa e tenha clareza sobre o propósito que nos move”, destaca Thamiris.
No Grupo Alyne, a preservação da cultura é tratada como prioridade, mesmo diante do crescimento acelerado da empresa. “Trabalhamos com processos padronizados e inteligentes, o que nos ajuda a manter um time comprometido com os resultados e engajado com a cultura. Criamos o Manual da Cultura, que orienta líderes e colaboradores sobre a nossa estratégia de negócio e modelo de gestão”, conta Alyne Gurgel.
Além disso, a empresa estruturou um setor específico de Cultura e Comunicação, com a missão de traduzir os valores em comportamentos e garantir que todos trabalhem na mesma direção. “Acreditamos que cultura organizacional é o que sustenta o crescimento com consistência”, afirma.
Tecnologia com sensibilidade
Num cenário onde ferramentas digitais e inteligência artificial se tornam cada vez mais presentes nos processos seletivos, o fator humano continua sendo o diferencial. “O setor de beleza e estética exige tanto técnica quanto sensibilidade. Por isso, buscamos profissionais que unam competência técnica, empatia e comportamento ético, com um mindset voltado para o crescimento e resultados sustentáveis”, explica Alyne.
Essa combinação entre tecnologia e humanização é o que diferencia empresas que apenas contratam daquelas que constroem equipes que performam e representam seus valores. “Contratar certo é o primeiro passo para impactar positivamente os resultados e a imagem da marca. Uma seleção assertiva reflete não apenas nos números, mas também no engajamento e na percepção do mercado”, reforça Thamiris Lima.
Desenvolver para reter
A retenção de talentos é outro pilar estratégico. No Grupo Alyne, os programas de formação e capacitação são contínuos e alinhados aos objetivos da empresa. “Temos planos de ação estruturados, metas claras e acompanhamento de indicadores de desempenho. Mantemos canais permanentes de escuta e programas de reconhecimento, pois acreditamos que evolução constante e valorização das pessoas são fundamentais para a sustentabilidade do negócio”, ressalta Alyne.
No Grupo Clarus, o acompanhamento individualizado e o desenvolvimento de competências são vistos como extensões naturais do processo seletivo. “Quando um profissional é bem acolhido e percebe que há espaço para crescer, ele se torna protagonista da própria trajetória dentro da empresa”, observa Thamiris.
Mais do que preencher vagas, o ato de contratar define o futuro das organizações. Para empresas que entendem o capital humano como ativo estratégico, o processo seletivo é o início de uma jornada de cultura, engajamento e propósito.
Alyne conclui, defendendo que num mercado impactado pela tecnologia, o diferencial humano continua sendo o maior valor. Em reforço, como reforça Thamiris arremata: “a contratação é o primeiro passo para resultados duradouros e uma marca reconhecida pela sua coerência entre discurso e prática”.
