Inovação

Representantes do governo e das maiores empresas de telecomunicação do Brasil discutem sobre a TV 3.0

Por Lucas Abreu

20/08/2025 16h37

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Chamada de DTV+, a nova tecnologia une o sinal da antena de transmissão com a banda da internet, possibilitando o acesso a conteúdos interativos de forma gratuita e personalizada

A SET Expo 2025, maior evento maior evento da América Latina dedicado ao setor de mídia e entretenimento tratou, reuniu ontem (19), em São Paulo, representantes do governo e das maiores empresas de telecomunicação do Brasil para discutir sobre a DTV+, que promete revolucionar a forma de assistir TV aberta no Brasil. A nova tecnologia une o sinal de antena de transmissão com a banda da internet, possibilitando o acesso a conteúdos interativos e gratuitos, com publicidade personalizada e integrada à programação, focadas nos interesses e na localização de cada telespectador.

“As ferramentas que a TV do futuro está colocando, elas vão permitir uma experiência muito fluida, que não vai interessar de onde está vindo o seu conteúdo, mas ele chega para você de uma maneira personalizada, você vai ver o que você quer ver”, afirmou Paulo Henrique Castro, presidente da SET Expo ao Jornal Nacional.

Durante a abertura do evento, o atual Ministro das Comunicações, Frederico de Siqueira Filho, afirmou que a DTV+ é uma prioridade do Governo Federal. O decreto que regulamenta a novidade vai ser assinado na semana que vem pelo presidente Lula. A minuta também prevê a criação da Plataforma Comum de Comunicação Pública e Governo Digital, que permitirá, futuramente, o acesso a serviços públicos diretamente pela televisão, promovendo maior integração entre Estado e cidadão.

“A TV 3.0 é prioridade para a radiodifusão brasileira. Mais do que um salto tecnológico, é uma revolução social e econômica. Do ponto de vista do público, é a garantia de que a TV aberta seguirá gratuita, universal e com imagem em 8K, áudio imersivo, acessibilidade ampliada e interatividade real. Do ponto de vista da indústria, é a entrada definitiva na economia digital, com métricas modernas, publicidade segmentada, modelos de negócio inovadores e maior equilíbrio competitivo com as plataformas globais”, pontuou Frederico.

O primeiro painel da feira reuniu os representantes das maiores empresas de telecomunicação do país. Entre os presentes, estavam o diretor-presidente da Globo, Paulo Marinho; CEO da Record, Marcus Vinicius Vieira; o CEO do grupo Bandeirantes, Cláudio Giordani; e a CEO do SBT, Daniela Abravanel Beyruti. Confira abaixo as declarações de cada executivo sobre a TV 3.0:

“O consumidor brasileiro, a audiência brasileira de modo geral, tem uma característica que é abraçar as novas tecnologias, abraçar todas as formas de consumo de conteúdo e se engajar com muita força em torno de todas essas experiências. Você vai poder interagir com uma transmissão de futebol, vai poder escolher o perfil, eventualmente, do narrador que quer, a experiência de áudio que deseja, vai poder votar em um reality show diretamente no controle remoto, vai poder comprar um produto durante um anúncio ou durante uma transmissão. Enfim, tem uma série de evoluções que vamos apresentar com a TV 3.0″, Paulo Marinho.

“A gente vai ter todo tipo de investimento. Seja no entretenimento, no esporte, em qualquer situação, tem tecnologia. A gente quer isso, a gente quer se tornar uma empresa cada vez mais presente com tecnologia, e claro, mantendo o nosso DNA que sempre foi de tv aberta. E tendo essa conexão com o público brasileiro que a gente sempre teve”, Marcus Vinicius Vieira.

“Muda a relação com o consumidor final. Nós vamos conhecer quem está na nossa audiência, conhecer melhor o telespectador, poder produzir conteúdo ultrassegmentado para ele”, Cláudio Giordani.

“A gente continua sendo concorrentes, mas naquilo que a gente precisa se unir, em favor do setor, eu acho que é isso que a gente está fazendo: trabalhando em favor do nosso meio, do nosso setor. Então, é extremamente importante isso, para todos”, Daniela Beyruti.