Especialista em marketing de influência avalia alcance das novas estrelas Douglas Souza, Rayssa Leal e Rebeca Andrade. Ganhos anuais com publicidade podem chegar à casa dos milhões
Não é novidade que os Jogos Olímpicos se tornaram além de uma vitrine que consolida nomes no mundo dos esportes, criando também novos influenciadores digitais. A exposição dos atletas durante a competição deste ano, em Tóquio, no Japão, vem rendendo a muitos um elevado número de seguidores nas redes sociais, o que pode se tornar fonte de renda. Entretanto, para o aquecido mercado que atua em campanhas publicitárias com os influenciadores, o engajamento dos demais usuários com as publicações – seja com comentários, curtidas ou compartilhamentos –, é o que importa. Nesse aspecto, as novas estrelas brasileiras alcançaram as médias de celebridades consideradas megainfluenciadoras, como ex-BBBs e até mesmo atletas de esportes mais populares. Em certos casos, o resultado foi superior.
É o que mostra o sistema de análise de dados da INFLR, startup especializada em marketing de influência, que avaliou os níveis de engajamento de alguns atletas no Instagram, durante o mês de julho, e comparou aos alcançados por figuras já consolidadas neste mercado. O melhor exemplo é do ponteiro Douglas Souza, da Seleção Masculina de Vôlei, que disputa sua segunda medalha de ouro (ele fez parte da equipe campeã em 2016, no Rio de Janeiro). Mesmo com o título no currículo, ele chegou à atual edição com pouco mais de 260 mil seguidores e rapidamente ultrapassou a casa dos milhões, reunindo hoje mais de 3 milhões.
No Índice de Engajamento INFLR, Douglas apresentou um resultado de 7.66%, superando o ex-BBB e agora influenciador digital Gilberto Nogueira, o Gil do Vigor, e o jogador de futebol Neymar. Gil tem mais de 14 milhões de seguidores, com resultado de 6.86% de engajamento, enquanto o jogador do Paris Saint Germain ultrapassa os 156 milhões de seguidores, mas com engajamento de 1.24%.
Maior estrela do esporte brasileiro na atualidade, Neymar também é superado pela skatista e medalhista de prata Rayssa Leal (6,5 milhões de seguidores), que tem média de 6.45% de engajamento, e pela ginasta e campeã olímpica no salto Rebeca Andrade (2,2 milhões de seguidores), com 6.07%. Ambas tiveram um crescimento astronômico na rede social após o início das Olimpíadas.
Para o sócio e diretor da INFLR, Thiago Cavalcante, apesar dos números terem o impacto de um evento que ainda está em evidência, eles indicam que os novos fenômenos das redes sociais têm um futuro promissor caso resolvam entrar de vez no mercado de influenciadores.
“É fato que o engajamento gerado pelos atletas olímpicos será grande enquanto a competição acontece, principalmente em caso de sucesso. Porém, com uma agência que atua com marketing de influência por trás, é possível manter a relevância deles e até mesmo aumentar a entrega de resultados em termos de publicidade. Não à toa, o próprio atleta Douglas Souza já fechou contrato com uma agência assim que começou a render muito engajamento no Instagram. Os números dele já são um reflexo dessa atuação”, explica.
Cavalcante lembra que, para muitos atletas, os ganhos com as parceiras em redes sociais podem superar, financeiramente, suas remunerações com o esporte.
“Nem todas as modalidades são como o futebol, em que jogadores das principais competições costumam receber muito bem, mesmo sem serem considerados “de ponta”. Já no caso de um digital influencer considerado médio, que tem entre 500 mil e 2 milhões de seguidores, uma publicação patrocinada pode chegar a cerca de R$ 120 mil. Dependendo do número de parcerias, eles podem faturar mais de um milhão por ano só com os publiposts“, afirma.
Seguidores x Resultado
Do ponto de vista mercadológico, o Índice de Engajamento INFLR serve de alerta tanto para empresas que desejam anunciar nos perfis quanto para os influenciadores digitais que almejam se tornar relevantes no meio. Isso porque a comparação dos números escancara uma realidade que muitos ainda não sabem sobre as redes sociais: grande quantidade de seguidores, seja na casa dos milhares ou milhões, não garante o resultado.
De acordo com Thiago Cavalcante, sem uma estratégia bem direcionada e coesa, as parcerias no Instagram podem não trazer o resultado esperado.
“É justamente o contrário, o padrão das redes sociais é de que um post chegue a apenas cerca de 5% dos seguidores de quem publica, não importa o tamanho do perfil. Isso, para empresa que contrata esperando uma exposição gigante e não a tem, é um prejuízo enorme. Por isso é importante essa análise detalhada”, explica.
Com esses números, o modelo INFLR consegue, por exemplo, maximizar a entrega para até 100% dos seguidores de cada influenciador. Tal diferencial provocou o forte crescimento dos negócios da empresa, cujo faturamento vai atingir R$ 100 milhões e o quadro de colaboradores será dobrado, até o final do ano, somente com os clientes atuais. Triplicando suas receitas a cada ano, a startup, acelerada pelo programa BNDES Garagem, Porto Seguro, Atento e pelo BTG Pactual, marcas que além de serem clientes da INFLR tem seus executivos como mentores da startup, faturou R$ 33,1 milhões ano passado.
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