Mercado

Tendências de consumo para 2022 exigem atenção das marcas

Por Redação

06/01/2022 13h52

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Relações de trabalho, de consumo e principalmente eventos corporativos, devem ganhar novos ares e objetivos nos próximos anos

 

A covid-19 mudou a forma como nos relacionamos e mostrou que existe a possibilidade de termos mais “flexibilização” no que diz respeito à cadeia marca-fornecedor-cliente. Ainda não é possível saber os impactos disso no mundo como o conhecemos em uma era pós-pandemia, mas a verdade é que está por vir um novo tipo de criação de conteúdo: o que traz valor no dia a dia do seu cliente, consumidor ou colaborador. Muitas organizações, no entanto, relutam, e querem voltar aos modelos antigos de padrão de trabalho e consumo.

 

De acordo com um estudo publicado pela Fundação Dom Cabral em parceria com o Talenses Group, com 676 funcionários de diversas áreas e gerações, apenas 5% deles gostariam de voltar ao trabalho presencial como antes da pandemia, e 70% relataram estarem mais produtivos. Com o passar do tempo, em quase dois anos de covid e distanciamento, as pessoas aprenderam a gerir seu tempo, e consequentemente, avaliar e reavaliar o que for preciso.

“O comportamento de consumo de experiência mudou. As pessoas estão animadas para a volta do presencial, porém sendo mais seletivas e priorizando oportunidades de interação mais curtas e intensas”, explica Gabrielle Teco, CEO da Qura, hub especializada em curadoria de conteúdos para empresas e executivos.

 

Na pesquisa de 2020, 34,5% relataram dificuldades de concentração, enquanto no novo estudo, apenas 9,3% dos entrevistados apontaram a mesma coisa, o que significa que tivemos uma virada de chave nesse obstáculo. Além disso, as pessoas estão mais atentas ao bem estar e saúde mental, o que também impacta a forma de se fazer negócios e na forma sobre como estreitar relacionamento com o cliente final. Nesse contexto, a estratégia de conteúdo de marcas nunca foi tão relevante.

“A forma como o patrocinador está vendo os eventos presenciais mudou porque as relações sociais mudaram. Nossa recomendação é que as marcas estejam atentas a sua rede de fornecedores e que se certifiquem que todos os cuidados sanitários estão sendo tomados. A pandemia ainda não acabou e, além de risco para a saúde das pessoas, também estamos falando de risco para a imagem das marcas”, explica Gabrielle.

 

Ela conta a experiência de uma organização que sempre investiu em grandes eventos mas que esse ano resolveu experimentar um modelo de mesa-redonda, reunindo pequenos grupos de executivos para discutirem temas relevantes.

“Sai de cena os congressos para milhares de pessoas, com viés comercial e muito risco de contágio em tempos de pandemia, e ganham destaque experiências personalizadas, com o cliente no centro da ação e muito foco em conteúdo”, complementa Gabrielle.

 

“As pessoas aprenderam a gerir o tempo, a se importarem mais com o bem estar e a saúde mental, e principalmente, estar com a família e se dedicar também aos projetos pessoais. Por isso, as marcas precisam levar em conta essa nova realidade, promovendo experiências que agreguem ao dia a dia das pessoas, algo que traga valor mas que respeite esses novos hábitos e costumes”, finaliza.