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Ticiana Rolim representou o Ceará nos encontros da Rede Brasil do Pacto Global, realizado pela ONU em Nova York (EUA)

Por Redação

27/06/2022 11h31

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A executiva teve a oportunidade de trabalhar em um comitê sobre sistemas alimentícios, no qual contribuiu com sugestões que serão levadas a representantes responsáveis pelo tema na ONU

 

 

Ticiana Rolim Queiroz e Bia Fiuza na Sede da ONU em Nova York.

A Somos Um, articuladora de negócios de impacto do Ceará, que busca solucionar problemas sociais e ambientais por meio dos negócios, teve representatividade numa série de encontros realizados pela Rede Brasil do Pacto Global, iniciativa da Organização das Nações Unidas (ONU). Ticiana Rolim, presidente da Somos Um, e Beatriz Fiúza, diretora executiva, estiveram em Nova York (EUA) para participar entre os dias 15 e 22 de setembro do evento que visa mobilizar a comunidade empresarial na adoção e promoção, em suas práticas de negócios, de dez princípios universalmente aceitos nas áreas de direitos humanos, trabalho, meio ambiente e combate à corrupção. As executivas compartilharam com o Nosso Meio o que viram de mais relevante no encontro global.

 

 

 

Os eventos acontecem em paralelo à semana da Assembleia Geral das Nações Unidas – período em que os principais líderes governamentais se reúnem para discutir questões de interesse mundial. Como um programa da ONU, a Rede Brasil acessa o conhecimento das diversas agências e conta com o envolvimento do poder público, de instituições de ensino e da sociedade civil para gerar impacto. Carlo Pereira (diretor-executivo da Rede Brasil), Camila Valverde (diretora de Impacto da Rede Brasil) e Rodrigo Favetta (diretor financeiro da Rede Brasil) foram os principais articuladores da agenda de discussões.

 

Bia Fiuza, diretora executiva da Somos Um, Guilherme Lencastre, presidente do Conselho da Enel Brasil, Ticiana Rolim Queiroz, fundadora e presidente da Somos Um e Edu Lyra, CEO da Gerando Falcões, no evento Brazil Climate Summit.

 

Dentre os principais encontros da programação, as empreendedoras cearenses participaram do Brazil Climate Summit, uma conferência coordenada por Marina Cançado e Luciana Ribeiro, brasileiras ex-alunas da Columbia University, que visa fomentar negócios inovadores e mais limpos.

“Destaco ainda que 92% das empresas americanas já possuem relatório de sustentabilidade, com ênfase no ESG, seja porque os clientes estão exigindo ou seja porque os investidores estão atentos à pauta. Jacqueline Conrado, diretora da linha aérea United Airlines no Brasil, enfatizou que seus clientes corporativos já exigem relatório de emissão de carbono e pedem propostas para redução. Isso é incrível e é uma realidade cada vez mais próxima de nós”, compartilha Ticiana.

Outra informação de impacto na ocasião foi a fala da ex-secretária de Desenvolvimento Econômico do Estado de São Paulo e diretora da Aya Initiative, Patrícia Ellen, que pontuou que o Brasil pode ser protagonista em descarbonização no mundo e em energias renováveis, gerando 10 bilhões de investimentos por ano, enquanto Izabella Teixeira, ex-ministra do Meio Ambiente, discursou sobre a necessidade de encerrar a postura green wish para finalmente aderir ao green doing. 

Denise Hills, diretora de sustentabilidade da Natura, Ticiana Rolim Queiroz, fundadora e presidente da Somos Um e Luciano Hulk, apresentador da TV Globo, no evento Brazil Climate Summit.

 

Em continuidade, Ticiana participou do painel O Futuro é Ancestral, na qual foi apresentado o atual cenário da Amazônia com o intuito de traçar os próximos passos em favor do ecossistema brasileiro. Na ocasião, os convidados assistiram a performance do DJ Alok e povos indígenas. “Não consegui contar as lágrimas. Sabemos o que os povos indígenas estão passando atualmente, então vê-los no palco do mundo dos Direitos Humanos, exibindo sua cultura foi muito forte para mim”, destaca. 

 

Ticiana Rolim Queiroz, fundadora e presidente da Somos Um.

 

Sobre sua participação no encontro, a presidente da Somos Um compartilha: “Foi um momento ímpar para mim. Muitas experiências complementares e pulsantes compuseram esta semana de encontros. Não tem volta: o mundo precisa virar a chave para a nova economia. Quem não se preocupar com o impacto social e ambiental que está gerando por consciência, precisará tomar uma posição por sobrevivência de mercado, e essa sobrevivência ja chegou”, enfatiza Ticiana, que ainda destaca a participação de Paul Polman, ex-CEO da Unilever entre 2009 e 2019 e vice-presidente do Pacto Global, que garantiu uma fala potente e encorajadora para os executivos repensarem sua gestão empresarial.

 

 

A executiva acompanhou ainda o encontro SDGs in Brazil, que conectou apoiadores e empresas signatárias do Pacto Global da ONU no Brasil a grandes líderes globais, potenciais parceiros, investidores e fundações para escalar os impactos de suas iniciativas e acelerar a Agenda 2030. No SDGs in Brazil, a participação de Raj Sisodia, autor do livro Capitalismo Consciente apresentou o senso de urgência na transformação do capitalismo para uma economia mais justa e equilibrada para todos.

Ticiana Rolim Queiroz, na Sede da ONU em Nova York, em frente ao mosaico “Golden Rule”.

Em uma das atividades mais marcantes, Ticiana Rolim protagonizou um momento especial: a  executiva participou de uma restrita reunião para contribuir com sugestões de como o poder público, o Pacto Global e a ONU podem atuar para uma alimentação regenerativa e saudável em nível global.

“A surpresa boa é que o representante da ONU que estava liderando o momento compilou as contribuições e levará ao planejamento estratégico da ONU em 2023. Propor ideias tão diretamente à uma das entidades mais significativas do mundo é uma honra. Saber que minhas sugestões terão espaço em uma discussão de impacto mundial foi inesperado”, ressalta. Dentre as ideias, a executiva apresentou o seguinte insight: “Percebi que o Pacto Global conversa diretamente com as empresas privadas, mas não tem tanto diálogo com instituições de ensino e pesquisa, ONGS e a própria sociedade. É a soma dessas forças que poderá mudar o cenário em que estamos. E essa proposta será levada aos diretores da ONU”, conclui.

 

No dia 19, o evento Un Private Sector Forum garantiu abertura com representatividade feminina. HE Razan Al Mubarak (presidente da Agência Ambiental de Abu Dhabi – IUCN), Ester Baiget (CEO da Novozymes), Rebecca Miano (CEO da Empresa Geradora de Eletricidade do Quênia – PLC) e Helen Watts (diretora da Global Partnerships na Student Energy) tiveram painel mediado por Usha Rao-Monari (subsecretária geral no The United Nations Development Programme – UNDP). Em pauta, foi discutido os avanços da energia renovável no mundo à medida que governos e empresas se unem para acabar com a poluição por combustíveis fósseis e acelerar a descarbonização. As líderes compartilharam suas perspectivas e sugestões para gerenciar as crises conjuntas de clima e energia, apresentando estratégias e ações concretas, pensando na transição para um futuro sustentável. Ao final do encontro, seis empresas do setor privado que mais estavam contribuindo com os ODS no mundo, tendo a brasileira Natura como um dos destaques. Denise Hills, diretora de sustentabilidade para América Latina na Natura&Co foi ovacionada na ocasião ao lado dos demais representantes.

De aprendizado que trouxe na bagagem, Ticiana Rolim resume:

“Foram falas inspiradoras que demonstraram a urgência de reverter práticas empresariais antiquadas, ao mesmo tempo, que trouxeram reflexões profundas sobre o atual cenário de inovação”, finaliza. Encerrando a intensa agenda de compromissos em Nova York, Ticiana participou 5º Encontro Anual de Líderes em Propósito, que reuniu CEOs, visionários e líderes públicos para compartilhar seus insights sobre oportunidades e mudanças de paradigma sobre liderança, parceria e transformação de negócios para a Economia de Propósito.

Ticiana Rolim Queiroz, fundadora e presidente da Somos Um e Bia Fiuza, diretora executiva da Somos Um, no evento Brazil Climate Summit.

Sobre a Rede Brasil do Pacto Global da ONU

Considerada a maior rede das Américas e terceira maior do mundo, com mais de 20.000 membros, o Pacto Global da ONU no Brasil tem atuado fortemente na articulação dos ODS com o setor privado brasileiro. O Pacto Global da ONU no Brasil é uma Instituição sem fins lucrativos e tem certificado de reconhecimento de entidade promotora de direitos humanos.