Hoje, (4), no BS Design, aconteceu o CenpHub, iniciativa do Fórum da Autorregulamentação do Mercado Publicitário. O encontro reuniu lideranças nacionais e locais para discutir transformações do setor, relações sustentáveis e estratégias para o consumo de mídia em um cenário de mudanças aceleradas.
Na abertura, Regina Augusto, Diretora Executiva do Cenp, destacou a relevância de ampliar o olhar para além das fronteiras regionais.

“Conhecer o mercado publicitário de outra maneira e ampliar a visão sobre o Brasil é fundamental. Nossa missão é desenvolver e fomentar esse mercado. O Ceará tem marcas fortes, que romperam barreiras e chegaram ao cenário nacional, fazendo parte da cultura e da identidade local”, afirmou.
A executiva também falou sobre o desenvolvimento do estudo Brasil Plural, que mapeia a força das marcas regionais, reforçando a importância de conexões entre diferentes players da indústria.
“Estarmos aqui presentes é um ato de intencionalidade. Somos profissionais de criar conexões, não importa o meio ou o formato. Nosso superpoder não é apenas a inteligência, mas a capacidade de criar vínculos”, completou.
Em vídeo, Luiz Lara, presidente do Cenp, destacou a abrangência nacional da iniciativa. “Sempre tivemos a preocupação de atuar em todo o país. Hoje são 1006 agências certificadas espalhadas pelo Brasil. Conseguimos construir um conteúdo relevante para o evento que fará nosso mercado discutir caminhos para um futuro mais ético e sustentável”.

O vice-presidente do Cenp, Dudu Godoy, reforçou a expectativa de que os debates contribuam para o amadurecimento do setor. Já Evandro Colares, presidente do Sinapro-CE, celebrou a realização do evento em Fortaleza. “É muito importante porque promove encontros e conexões. Somos um mercado em plena evolução e precisamos desses momentos para trazer à tona temas relevantes”, afirmou.
Transformação, confiança e consumo de mídia
No painel “A agenda da transformação: como navegar em tempos incertos”, executivos refletiram sobre a velocidade das mudanças no ecossistema. Ana Hilda Randal, Diretora de Marketing do Grupo Zenir, destacou a importância da comunicação integrada.

“As pessoas não são impactadas por um único meio. Nossa comunicação precisa ser 360°. Quando alinhamos os objetivos do marketing aos da empresa, conseguimos construir estratégias duradouras”.
André Scaciota, CMO da WMcCann, apontou três grandes vetores de transformação: tecnologia, impacto geracional e mudanças midiáticas. Já Cássio Brandão, Head do Google, ressaltou a necessidade de mensuração e uso estratégico de dados, com a inteligência artificial como aliada.
No painel “Negócios, sustentabilidade e confiança”, o foco esteve na longevidade das relações cliente-agência. Ana Celina Bueno, Diretora da Acesso Comunicação, destacou a importância da verdade e do autoquestionamento, enquanto Maria Tereza Nunes Ramos, Gerente de Marketing na Unimed Fortaleza apresentou o case da campanha “Cuidar de mim”, desenvolvida a partir de pesquisas e com resultados expressivos. Para Fernando Hélio, CEO do Nosso Meio, a conversa comprovou que parcerias de longo prazo trazem consistência, eficiência e resultados mais sólidos.

“Saber do risco me faz buscar crescer e evoluir, e, até questionar o que for necessário. Temos conseguido construir uma boa relação a cada transição de gestão, sem traumas, e com um propósito cada vez mais claro”, falou Ana Celina.
Já no painel “Consumo de mídia na era da hiper fragmentação”, os debates giraram em torno da jornada multiplataforma do consumidor. Jacqueline Choairy, Head de Produtos da Kallas Mídia OOH, ressaltou o potencial do investimento local, enquanto Lucca Rossini, Head da Samsung Ads, destacou as possibilidades de segmentação da TV conectada. Para Marcel Rodrigues, Diretor de Publicidade no UOL, o conteúdo se tornou “líquido e acessível a todos”. E José Saad Neto, Head da GoAd Media, provocou: “Não adaptem. Criem para o OOH”.
O evento foi encerrado com o painel “Relações sustentáveis e pacto de valor”, que reforçou a importância da colaboração entre anunciantes, agências e veículos. Para Cláudio Paim, o mercado vive hoje a transição do simples tripé para um ecossistema mais complexo, que exige coerência e adequação às necessidades dos clientes. “Não vendemos mais espaço publicitário. Vendemos soluções que acompanham a jornada do consumidor”, resumiu.Ao final, a sensação entre os participantes foi de fortalecimento do mercado local, como destacou Eliziane Colares, “precisamos puxar o mercado para cima e transformar nossos negócios também em agentes de impacto para a sociedade”.
