Evento promovido pela ACB, em parceria com a Abracom e apoio da AC Comunicação, reuniu nomes de peso da comunicação regional e nacional
Nomes de peso da comunicação regional e nacional reuniram-se na manhã desta quarta-feira (4), no Salão Nobre da Associação Comercial da Bahia, para participar do “Vozes que Conectam”. Realizado pela Associação Comercial da Bahia, em parceria com a Abracom e apoio da AC Comunicação, o evento promoveu dois painéis que tinham como temáticas o futuro da comunicação com a chegada da TV. 3.0 e a importância da integridade das informações para a sociedade brasileira.

O diretor da AC Comunicação, André Curvello, abriu o “Vozes que Conectam” com um discurso de agradecimento às autoridades e entidades que apoiaram a realização do evento. Além da Abracom, foram citadas ABI, Aberje, Central de Outdoors, Sinapro, ABAP e Nosso Meio. “Este encontro ocorre no ano em que a AC Comunicação completa três décadas de atuação, o que reforça o sentido dessa iniciativa, em que nos reunimos para discutir a comunicação como um instrumento de desenvolvimento social presente em todas as esferas da vida contemporânea. Cabe nos assegurar que essa ferramenta seja permanentemente utilizada em favor do interesse público”, afirmou André.

O primeiro painel, intitulado de “A TV 3.0 e a comunicação hoje e amanhã”, discutiu o novo formato de televisão no Brasil, sancionada em agosto pelo presidente Luís Inácio Lula da Silva, e seus impactos para a comunicação do país. Entre os painelistas, estiveram Flávio Lara Resende, Mario Kertész, Fernando Barros, Robson Galiano e André Dias (Mediador), superintendente de rede da Record.
“A TV 3.0 não será uma migração mandatória como foi o caso da transição que houve entre a TV analógica e a TV digital. Então, não há uma obrigação dos espectadores seguirem esse modelo. Entretanto, a TV 3.0 será o grande acontecimento aberto para TV aberta brasileira. […] Nós consideramos fundamental essa migração, porque hoje a radiodifusão tem uma concorrência desleal com as redes sociais. As plataformas digitais são nossas parceiras, mas elas não produzem conteúdo. Elas vendem conteúdos como nós vendemos, atreladas aos conteúdos que nós fazemos. Ter a TV 3.0 é fundamental para que possamos concorrer em pé de igualdade”, afirmou Flávio Lara Resende, diretor-geral do Grupo Bandeirantes.
Robson Galiano, CEO da Microtarget, destacou o caráter revolucionário que a nova tecnologia trará para o setor de produtos e serviços: “A TV 3.0 vai mexer em cinco pontos: ela vai ajudar a terminar filas, porque ela vai prestar o serviço direto à população; ela vai gerar economicidade, porque as pessoas vão somente clicar no controle remoto e já ter o que precisar; ela vai gerar valor real; ela vai virar banco; mas o principal é o cidadãocentrismo, com as entregas em real time”.
Mario Kertész, radialista e ex-prefeito de Salvador, destacou o potencial da TV como um instrumento de educação, enquanto Fernando Barros, presidente do conselho da Propeg, destacou o papel da propaganda para inovação tecnológica e a importância de sua reinvenção para os novos formatos de mídia.

O segundo painel, intitulado de “O que a integridade da informação tem a ver com nossa vida”, discutiu sobre o momento atual do jornalismo brasileiro e da comunicação pública. Entre os painelistas, estiveram Wendel Palhares, Frederico de Sousa, Marcus Vinicius de Flora, Renato Salles e Marcos Machado (Mediador), diretor-presidente da Rede Bahia.
“O debate a respeito da difusão das informações, utilizando tecnologia cada vez mais sofisticadas, demonstra que há realmente um desafio para todos aqueles que se importam em evitar que a desinformação gere ambientes de degradação social, de medo, de receios e de enganos. Esse debate inclui não só os que são da área da comunicação, mas a sociedade como um todo, incluindo também às famílias e os órgãos governamentais”, pontuou Marcus Vinicius de Flora, secretário de comunicação do Governo da Bahia.
“É um orgulho participar desse tipo de debate, com três profissionais que realmente estão inseridos no setor público. A gente trouxe a questão da integridade da informação e eu busquei trazer a reputação, que também é importante pra manutenção e preservação dos nossos clientes”, afirmou Renato Salles, sócio-controlador da FSB.
Durante o painel, Wendel Palhares, secretário de comunicação do Governo de Alagoas, explicou os conceitos de desinformação, misinformação e malinformação, destacando a importância da integridade das informações para o bem-estar coletivo e o trabalho sério de pesquisa dos profissionais de publicidade para as campanhas institucionais. “Por trás de toda propaganda, existe um trabalho de pesquisa sério feito por profissionais sérios. Nós não estamos vendendo mentiras, mas contando verdades. Por isso, nós promovemos também esse trabalho de educar midiaticamente comunidades periféricas”, pontuou.
Frederico de Sousa, secretário de Comunicação do Governo de Mato Grosso do Sul, finalizou o painel destacando a importância de se estar atento às condutas que comprometam a integridade da informação, como também o dever dos órgãos de comunicação estaduais seguirem o padrão de normativas federais para que as informações cheguem ao público de maneira completa e transparente. Parafraseando o ministro Sidônio Palmeira, Frederico disse: “A verdade, por mais lenta que pareça, é o antídoto contra a velocidade da mentira”.
