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TV concentra 79% do tempo de vídeo do brasileiro. Plataformas online representam 21%, aponta estudo da Kantar IBOPE Media.

Por Victoria Lima

25/05/2022 07h00

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A pesquisa afirma que 25% de todo o tempo assistindo televisão é dedicado ao jornalismo

 

Hoje, o consumidor brasileiro tem a possibilidade de buscar conteúdo em vídeo nos locais, horários e aparelhos que fazem sentido no momento. Essa liberdade abre espaço tanto para as emissoras de TV, responsáveis por 79% do tempo de consumo de vídeo dentro de casa, quanto para os serviços de streaming, responsáveis por 21%. É o que aponta o Inside Video 2022, estudo da Kantar IBOPE Media. 

 

Os dados são do painel 2.0, tecnologia inovadora de medição de audiência, que une dados do Focal Meter (FM) instalado no roteador dos domicílios medindo o tráfego de Internet, e do peoplemeter DIB 6, que identifica a audiência de canais de TV. Ao combinar as plataformas, a Kantar entrega o perfil mais completo dos espectadores de vídeo no Brasil. 

 

As emissoras de TV linear mantêm um grande alcance no território brasileiro. Em 2021, 205.876.165 pessoas assistiram aos canais de TV aberta e PayTV. O tempo médio diário gasto em frente à telinha ficou em 5h37min.

 

O sucesso do meio se deve ao fato de oferecer uma programação ampla, variada e de credibilidade. Tanto que 25% de todo o tempo dedicado à televisão é assistindo ao jornalismo. Seguindo o ranking de preferências estão o consumo de novelas (18% do tempo), programas de auditório (9% do tempo) e reality shows (4% do tempo).

 

Consumo ampliado 

As plataformas online têm ganhado espaço no Brasil no que se refere ao consumo de vídeo, segundo dados do Video Streaming Report, nova solução da Kantar. Nesse contexto, dois modelos se destacam. As empresas gratuitas e financiadas por publicidade (AVOD) atingem 58% das pessoas por mês, enquanto os serviços financiados por assinaturas dos usuários (SVOD) contemplam 42% das pessoas mensalmente.  

 

As principais razões que levam as pessoas que acessam vídeo por streaming a assinarem esse tipo de serviço são preço e catálogo amplo de novos filmes e séries – cada um com 47% de relevância. Em seguida, aparece a experiência de uso (30%). 

 

O impacto causado pelo formato em vídeo na população também chama a atenção do mercado publicitário, cujos esforços nesse tipo de conteúdo seguem a mesma tendência. Em 2021, 63% de todo o investimento publicitário foi feito em formatos de vídeo. Entre os gêneros de programação, destaca-se a popularidade dos reality shows, que apresentam altos índices de audiência e se transformaram em um grande playground para marcas. Entre 2019 e 2021, os dados apontam crescimento de 20% no volume de ações de branded content nesse tipo de atração, além de 128% nos Top 5 programas.

 

“Em todo o mundo, o mercado de vídeo está em pleno movimento. Ao passo que temos a consolidação de novos hábitos de consumo, os produtores e distribuidores de conteúdo se expandem e se transformam. Novos players surgem e a indústria se mobiliza para reter e conquistar as audiências, bem como para encontrar modelos de negócio ideais. Na Kantar IBOPE Media, vemos um mercado com um potencial enorme e o nosso papel é oferecer aos nossos clientes dados de qualidade e métricas comparáveis para que tomem as melhores decisões de planejamento de conteúdo e performance da publicidade”, afirma Adriana Favaro, Diretora de Business Development da Kantar IBOPE Media.

 

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