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Vendas na Páscoa devem crescer entre 10% e 15%, diz Abras

Por Redação

15/03/2021 18h07

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Os preços de ovos de chocolate e caixas de bombom também estarão mais elevados, puxados principalmente pela inflação de custo de insumos e valorização do dólar

 

O setor de supermercados espera um crescimento de 10% a 15% nas vendas de Páscoa deste ano em comparação ao ano anterior, quando o resultado foi afetado pelo início da pandemia.O domingo de Páscoa, neste ano, será no dia 4 de abril.

“Vai ser uma Páscoa mais planejada. O consumidor não está deixando para fazer suas compras na última semana para evitar aglomerações”, disse o vice-presidente da Abras, Márcio Milan. A associação representa as redes de supermercados e atacarejos no Brasil.

Milan explicou que, diferentemente de 2020, quando o varejo e a indústria precisaram pensar juntos em soluções para diminuir os estoques, dessa vez não haverá prorrogação nas vendas de itens ligados à festividade religiosa. “Ano passado não tinha como fazer planejamento, a pandemia começou cerca de um mês antes da Páscoa e era preciso desestocar tudo que havia sido pedido.”

Mais adequada à realidade da pandemia, a Páscoa de 2021 será melhor do que no ano anterior, mas ainda terá volume menor do que 2019, afirmou Milan.

Os preços também estarão mais elevados, puxados principalmente pela inflação de custo de insumos e valorização do dólar. Feitos especialmente para essa data, os ovos de chocolate apresentam alta de até 11%. As caixas de bombom estarão 10,7% mais caras, o bacalhau, 15,6%, e vinhos nacionais e internacionais, 10,3% e 15,3%, respectivamente.

Apostas

Entre os chocolates, queridinhos da data, os itens de menor valor agregado lideram as principais apostas dos varejistas em volume de vendas. Caixa de bombom, 12,9%, seguida de barras, tabletes, entre outros, 11,8%, e Ovos de Páscoa até 200 gramas, 9,4%.

Para o almoço de Páscoa os supermercadistas estão apostando em um maior volume de vendas dos vinhos importados, 13,8%, e cervejas, 12,9%, além do azeite, 13,4%, e pescados (peixes, 13%, e bacalhau, 12,1%).

Em relação aos preços em 2021, os vinhos importados e o bacalhau foram os que sofreram as maiores variações devido ao câmbio, 15,3% e 15,6%, respectivamente.

Pandemia

Sobre o atual momento, o vice-presidente Institucional e Administrativo da Abras, Marcio Milan, afirma que o setor supermercadista segue atento ao avanço da pandemia da covid-19 no Brasil, e reforça que desde o início da pandemia os supermercados têm funcionado com muita responsabilidade no processo de prevenção e segurança de clientes e colaboradores. “Estamos vigilantes e seguimos firmes em relação às medidas de proteção estabelecidas pelos nossos protocolos, que foram elaborados com base nas orientações da Organização Mundial da Saúde (OMS) e órgãos reguladores.”

 

Créditos: Valor PRO e ABRAS BR

Crédito da foto: Pedro Henrique Negrão