De acordo com estudo da Rakuten Advertising, corte de gastos decorrente da incerteza econômica faz consumidor preferir baixo preço a pagar para não receber anúncio
O cenário do streaming hoje passa por dois momentos de mudanças: enquanto líderes do setor buscam formas de impulsionar a rentabilidade do negócio, consumidores também procuram maneiras de reduzir ou eliminar os gastos com o consumo desses serviços, considerando o aumento do custo de vida em decorrência da crise econômica. Foi para avaliar essas novas preferências do público e apontar alternativas para a publicidade dentro desse contexto que a Rakuten Advertising – líder global de serviços e tecnologia de marketing, publicidade e ainda responsável pelo inventário de publicidade da Rakuten Viki no Brasil – realizou a pesquisa “A Publicidade na Incerteza Econômica – O Papel do AVOD”, com referência à sigla para Ad-Based Video On Demand (vídeo sob demanda baseado em publicidade).
A partir da visão de 400 consumidores de 18 a 45 anos em todo o Brasil, o estudo engloba as principais questões relacionadas ao AVOD e ao FAST (Free Ad-Supported Streaming, uma programação de TV gratuita, sob demanda e suportada por publicidade). Os números apontam que 76% dos respondentes – todos detentores de, ao menos, uma assinatura de streaming – já consomem mais AVOD do que outras plataformas de vídeo.
Ao mesmo tempo, o cenário de crise econômica indica que será necessário repensar o modelo de mercado do vídeo on demand, que hoje se mostra saturado de serviços que oferecem conteúdos diversos, mas em plataformas diferentes – o que obriga o consumidor a escolher quais assinaturas deseja manter. O estudo apontou que só 34% dos consumidores de streaming no Brasil têm mais de três assinaturas pagas, enquanto 60,4% admitem compartilhar assinaturas para dividir custos.
Um número ainda maior de espectadores brasileiros (75%) diz que pretende consumir mais serviços de streaming gratuitos com publicidade em razão da crise que aumentou a inflação e o custo de vida. Um exemplo desse movimento é o crescente número de assinantes de plataformas como a Rakuten Viki, maior streaming gratuito de conteúdo asiático. O canal segue o modelo de AVOD, disponibilizando acesso sem custo à toda a sua biblioteca de filmes e seriados orientais em troca da exibição de anúncios personalizados, condizentes com os temas que cada espectador consome.
Além disso, 31% dos entrevistados afirmaram que cortarão as assinaturas pagas pelo mesmo motivo. Na contramão, e também seguindo a linha de redução de gastos, pouco mais da metade (53%) continua consumindo TV ao vivo.
Oportunidade publicitária: 76% dos entrevistados preferem AVOD
A crescente preferência dos consumidores pelo modelo de streaming fomenta o debate sobre as oportunidades para o mercado publicitário. Enquanto a transição ainda é recente e gera incertezas sobre como será esse novo modelo, os próprios consumidores já demonstram como pode ser o cenário ideal para os anunciantes.
Ao menos para os brasileiros, a personalização é a palavra-chave. Isso porque 40,6% preferem anúncios de marcas que gostam de seguir, enquanto 45,9% querem anúncios relevantes baseados em seus interesses.
Outro ponto importante é a lembrança da marca, mas sempre respeitando o momento de lazer durante o consumo do streaming: 39,8% preferem anúncios mais curtos, porém mais frequentes; ao passo que 37,1% querem anúncios interruptíveis.
“Diante dos atuais desafios econômicos, repensar planejamentos de marketing com base em estratégias de maior impacto, porém com menor budget, tem sido uma busca constante no mercado. A transformação do consumo midiático televisivo para uma experiência completamente personalizada cria uma oportunidade para realocar essa verba de forma mais estratégica. Isso garante telespectadores concentrados e dispostos a receber bem o anúncio, desde que converse com o público certo. Pensar em estratégias que incluam canais de AVOD e FAST é pensar no futuro da publicidade e na estratégia certa rumo ao sucesso na realidade atual”, afirma Luiz Tanisho, Vice-Presidente da Rakuten Advertising no Brasil.
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