Dos jornais impressos até a digitalização dos conteúdos, atualmente a área vive em constante modernização
Como um pilar da democracia e parte da história do Brasil, o jornalismo brasileiro tem evoluído significativamente desde os primeiros periódicos do século XIX até os dias de hoje. Ao longo de sua trajetória as técnicas e ferramentas jornalísticas se aperfeiçoaram, tanto pelo poder da influência sociopolítica alterada ao longo dos anos, como nas mudanças tecnológicas. No dia 10 de setembro, foi celebrado os 215 anos da fundação do primeiro jornal do Brasil.
Ao longo dessas evoluções, o profissional precisou se adaptar ao contexto e fornecer as informações necessárias para a construção da opinião pública. Vem conferir os principais passos dessa jornada:
Os Primórdios do Jornalismo Brasileiro:
A mídia nacional do Brasil teve seu início em 1808, com a chegada da Família Real Portuguesa ao Rio de Janeiro. O primeiro jornal do país, “Gazeta do Rio de Janeiro”, começou a circular em 10 de setembro daquele ano. Inicialmente, o jornalismo era fortemente influenciado pelo poder político e era utilizado como veículo de comunicação oficial do governo.
A independência do Brasil, em 1822, marcou um ponto de virada no jornalismo do país. Surgiram novos periódicos que apoiavam o movimento pela independência e promoviam discussões políticas e sociais. No entanto, a censura ainda era uma realidade presente, limitando a liberdade de expressão.
O Período Imperial:
Durante o período imperial, o âmbito continuou a se desenvolver, com a criação de diversos jornais de oposição ao governo. Nessa época, ganharam destaque figuras como Cipriano Barata e Evaristo da Veiga, que lutaram pela liberdade de imprensa.
A República e a Imprensa:
A Proclamação da República, em 1889, trouxe mudanças significativas para o jornalismo brasileiro. A Constituição de 1891 garantiu a liberdade de imprensa, permitindo que os jornais desempenhassem um papel mais crítico na sociedade. Surgiram jornais importantes, como “O Estado de S. Paulo” e “Folha de S.Paulo,” que até hoje desempenham um papel crucial no cenário jornalístico do país.
A Era do Rádio e Televisão:
No século XX, o jornalismo expandiu-se para outras mídias, como o rádio e a televisão. A chegada dessas tecnologias revolucionou a maneira como as notícias eram disseminadas. Nomes como Cid Moreira e Hebe Camargo se tornaram ícones da comunicação brasileira.
A Era Digital e as Redes Sociais:
A chegada da internet na década de 1990 marcou uma nova fase no Brasil. Os jornais e revistas migraram para o ambiente digital, e surgiram portais de notícias online, como o UOL e o G1. Além disso, as redes sociais desempenharam um papel importante na disseminação de notícias, ao mesmo tempo em que desafiam a veracidade das informações.
Atualmente, o jornalismo brasileiro enfrenta desafios significativos, como a polarização política, a disseminação de notícias falsas e a crise financeira de muitos veículos de comunicação. No entanto, o setor também está se adaptando e inovando, explorando novas formas de contar histórias e se conectar com o público.
Um dos grandes feitos dos últimos anos, o jornalismo investigativo ganhou destaque no Brasil, com veículos como “O Globo” e “The Intercept Brasil” revelando escândalos de corrupção e abusos de poder. Essas investigações tiveram um impacto profundo na política e na sociedade brasileira, demonstrando o papel vital da imprensa na responsabilização dos poderosos.
Ultimamente, é perceptível um esforço crescente para aumentar a diversidade nas redações e nas pautas, tanto em termos de gênero quanto de raça. Isso visa a garantir que as vozes de todas as comunidades sejam representadas de forma justa e precisa nas reportagens.
Ao longo dos anos o jornalismo passou por uma jornada impressionante desde sua fundação, evoluindo de uma ferramenta de controle do poder para um pilar da democracia e da liberdade de expressão. As tecnologias e mudanças sociais continuam a moldar a maneira como as notícias são produzidas e consumidas no Brasil, e é fundamental que jornalistas e sociedade trabalhem juntos para garantir um jornalismo ético, responsável e independente em um mundo cada vez mais digital e complexo. A diversidade e o jornalismo investigativo também desempenham papéis cruciais na construção de uma imprensa forte e relevante para a sociedade brasileira.
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