Economia

Coca-Cola aumenta investimentos em marketing e estrutura no Brasil

Por Redação

15/02/2024 12h03

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 A intenção dos investimentos é intensificar a relação com o pequeno e médio varejo, com reforço na estrutura de vendas

A Coca-Cola anunciou hoje que irá investir R$ 550 milhões em marketing no Brasil em 2004. Este valor representa cerca de 10% a mais do total investido no ano anterior. O anúncio foi feito durante o lançamento da promoção “Vibe Sounds”, que dará CDs e ingressos para o Vibe Zone, evento promovido em parceria com a Oi e o iBest que será realizado em maio no Rio. A empresa também comunicou que a marca Coca-Cola cresceu 1,5% de market share em 2003.

O Brasil vai receber também mais investimentos neste ano para modernizar e expandir a estrutura fabril e a malha logística, além de intensificar a relação com o pequeno e médio varejo, com reforço na estrutura de vendas, como geladeiras e material promocional.

A empresa vai investir R$ 4 bilhões no país, o que inclui todo o Sistema Coca- Cola, como é chamada a rede de empresas engarrafadoras e distribuidoras dos produtos do grupo, como a Coca-Cola Femsa, a Andina e a Solar.

Com mais de 1 milhão de pontos de vendas no Brasil, o aporte bilionário reforça a aposta da Coca-Cola no país, diz Bruno Pietracci, CEO da empresa para a América Latina, em entrevista exclusiva ao INSIGHT. O Brasil é o quarto maior mercado da empresa em todo o mundo e, ao lado do México, o líder na América Latina, onde o objetivo é dobrar o crescimento — em 2023, a região, que engloba 39 mercados e mais de 500 milhões de consumidores, cresceu 4% em volume vendido.

Ao navegar em mares ainda pouco conhecidos, a gigante Coca-Cola faz um movimento para não perder a oportunidade de entrar num mercado ainda novo, mas que não para de crescer (as vendas de ‘ready to drink’ dobraram de tamanho só de 2020 até 2022) – e no qual a grande concorrência também mira.

No Brasil, por exemplo, a Ambev, dona do Guaraná Antarctica, criou há cerca de três anos a Beyond Beer, uma unidade de negócio, comandada pela ex-Pepsico Daniella Cachich para ser a casa das bebidas que, como diz o nome, vão além da cerveja.

“O refrigerante continua crescendo e ainda tem uma oportunidade enorme. Mas não entramos em nada que achamos que vai ser pequeno no futuro”, argumenta o executivo.

Ao ampliar a estrutura física, logística e de mercado, a Coca-Cola também quer ficar mais próxima de alcançar suas metas de sustentabilidade, como a de chegar a 100% de coleta e reciclagem das embalagens comercializadas até 2030 e impulsionar o empreendedorismo. “Não tem um valor específico para ESG, porque, no final, os critérios não estão separados. Tudo que fazemos tem que ser para um crescimento sustentável.”