Viver em sociedade, buscar aceitação, ser reconhecido e se sentir parte. São características tão humanas que jamais podem ser desconsideradas pelas empresas em suas ações de marketing. Sei que isso não é nenhuma novidade.
Mas sabe a diferença entre saber o que precisa ser feito e efetivamente fazer?
Pois é… existe uma diferença…
O fato é: as marcas humanizadas, que dialogam e valorizam o protagonismo dos consumidores já entenderam as necessidades dos seus públicos e estão resolvendo essas necessidades com suas formas empáticas e próximas de se relacionar e se comunicar com eles, tornando-se, assim, marcas de valor, e quem sabe até: insubstituíveis.
Mas o que essas marcas tem feito para ocupar essas lacunas emocionais?
Elas tem criado as suas comunidades digitais, a exemplo da “Lego Ideas” e da A “Beauty Insider Community” da Sephora. Essas comunidades além de trazerem o benefício do relacionamento e de fazerem as marcas sempre serem lembradas pelos consumidores, também tem um papel fundamental de fazer com que a empresa entenda sobre o comportamento deles, monitorando e analisando as suas opiniões. Uma excelente fonte de pesquisa. Isso ajudará a responder rapidamente às novas demandas e tendências de mercado, permitindo ainda estratégias de vendas mais eficazes.
Um estudo realizado pela “Statista”, uma plataforma online especializada em dados de mercado e consumidores, prevê que o número de usuários de comunidades digitais deve atingir 1,8 bilhão no ano de 2025 no mundo todo. Se comparado a 2020, teremos um aumento bastante significativo, tendo em vista que naquele ano esse número era de 1,2 bilhão.
Hoje, não é mais suficiente estar presente nas redes sociais. Agora, é preciso criar uma conexão efetiva com os consumidores. Valorizar o protagonismo deles. Isso é possível desenvolvendo comunidades digitais, em que as marcas e consumidores atuem de forma autentica. Essas comunidades devem ser compostas por pessoas com interesses comuns para troca de informações, dicas e conhecimento, bem como estimular a compra.
A empresa precisa gerir essa comunidade, realizando um acompanhamento próximo e constante. Exige esforço, dedicação, atenção, inovação e criatividade. Importante destacar que a comunidade precisa colocar o cliente no centro e não a marca.
Segundo a pesquisa “A Better Way to Build a Brand: The Community Flywheel”, realizada pela McKinsey & Company, empresas que possuem comunidades digitais tem três vezes mais chance de superar a concorrência no que se refere ao crescimento de mercado e a rentabilidade. Logo é algo que exige esforço da empresa, mas que também traz excelentes resultados.
Como desenvolver a sua comunidade digital?
Primeiro, é entenda sobre o público, suas preferências e comportamento, assim como tenha claros o propósito e os valores da comunidade. Em seguida, identifique quais são os produtos que geram valor para a marca e partir para o storytelling sobre esses produtos e a marca em si. Na sequência, crie conteúdo relevante e estimule a criação de conteúdo pelos usuários da comunidade. Ofereça benefícios para esses usuários, como testar produtos e participar de eventos exclusivos. Por fim, não se esqueça de que a jornada de compra deve ser fluida e sem barreiras.
Pronto, agora, é com você!
Céu Studart é sócia da Desencaixa Inovação e consultora, docente estrategista de Marketing, Branding e Inovação. Foi embaixadora do Rock in Eio Academy by HSM (2019). Foi mentora do Founder Institute – Nordeste Virtual 2021, uma incubadora de negócios americana, fundada em Palo Alto, Califórnia (EUA). É publicitária, com mais 20 anos de experiência de mercado. Especialista em Marketing (FGV) e Mestre em Administração (UFC). Além da Desencaixa Inova, é docente da graduação e pós- graduação, com mais de 15 anos de experiência, em cursos de pós-graduação de várias instituições de ensino, já tendo capacitados mais de 5.000 profissionais.