Diversos países e estados brasileiros se reuniram durante os três dias de evento
Ao longo de três dias, 28 painéis foram apresentados e contaram com a contribuição de 95 especialistas de várias origens, incluindo representantes de nove países e vários estados brasileiros. Temas como diversidade, liderança, ESG, cultura e experiência do colaborador foram debatidos para mais de 20 mil pessoas que circularam pelo evento durante esses dias de programação.
Finzalizando a edição de 2023, os palcos do CONARH receberam grandes especialistas que trouxeram dados sobre inovação na área de desenvolvimento de pessoas, dando destaque às estratégias e caminhos que podem ser traçados para uma melhor experiência do colaborador.
Para Adriana Goes, Sócia-diretora da Lucrativia Consultoria Empresarial, o mercado de gestão de pessoas está vivendo em uma época de transformações constantes, onde as pessoas e as organizações enfrentam desafios cada vez mais diversos e complexos e o evento pode somar na hora construir soluções inovadoras para esses desafios.
“A proposta do CONARH 2023 ao abordar o tema “Repensar o Hoje em uma Realidade Plural” traz um debate profundo e necessário para a nossa sociedade. Como uma consultoria especializada na área de gente e gestão e que tem como enfoque a educação, incentivar as ações que promovam a ampliação do conhecimento, networking, troca de experiências se faz extremamente relevante principalmente com um tema tão significativo como esse”, relata
Estar próxima a essa realidade do CONARH 2023 possibilita para Adriana, uma ampliação do debate sobre as temáticas que permeiam a gestão com pessoas trazendo um enfoque atual é extremamente relevante para o mundo dos negócios.
“Os conteúdos abordados têm sido riquíssimos e a pluralidade que permeia todo o evento nos possibilita ter uma visão ampliada sobre a gestão com pessoas o que nos permitirá preparar nossos clientes para enfrentar os desafios e oportunidades que estão por vir”, analisa.
Confira o resumo das principais palestras do dia:
Painel Swile, Caju e Flash:
Swile, Caju e Flash, os três principais fornecedores de benefícios flexíveis do país, se reuniram, de maneira inédita no CONARH 2023, para falar sobre a reinvenção dos benefícios corporativos e seus impactos nos RHs. O objetivo foi alertar o público sobre as mudanças que passaram a vigorar desde maio no mercado de benefícios: o fim do rebate e do pós-pagamento, e como isso está gerando a oportunidade de demarcar o protagonismo do RH, que agora não está mais preso aos fornecedores tradicionais e podem experimentar um novo modelo de negócio.
“Vivemos num mundo plural. A forma de engajar os colaboradores mudou. Hoje as pessoas querem benefícios que atendam às suas necessidades individuais e buscam empregos que se conectem aos seus valores e anseios. Isso traz para os RHs um novo desafio. Se eles querem atrair os melhores talentos, precisam traçar uma estratégia que diferencie sua marca dos demais competidores. Nesse sentido, os benefícios flexíveis surgem como um importante aliado, permitindo aos RHs oferecer muito mais que os tradicionais vales-alimentação e refeição”, explica Júlio Brito, General Manager da Swile no Brasil.
Representados pelos CEOs da Swile e Caju e pelo COO da Flash, os executivos falaram sobre algumas tentativas que estão observando no mercado de burlar a proibição do rebate ou ‘desconto comercial’, como tem sido chamado pelos incumbentes – operadoras tradicionais do mercado de benefícios corporativos.
“Vemos empresas de benefícios querendo oferecer aos RHs festas de final de ano, descontos, cashback, uma espécie de rebate disfarçado. Isso é péssimo, pois essas práticas geram riscos legais para as empresas. Quando você burla a legislação, você atrapalha a oportunidade que os RHs têm de colocar seus colaboradores no centro e oferecer a eles uma oferta que faça muito mais sentido aos seus estilos de vida. Temos nos reunido com representantes da Casa Civil e do Ministério do Trabalho para alertar sobre as irregularidades que temos identificado”, comenta Brito.
Os executivos falaram ainda sobre a legalidade do arranjo aberto – um ponto que ainda gera perguntas por parte dos RHs. Além de ser 100% legal, o arranjo aberto traz a vantagem de garantir aos trabalhadores um benefício que é aceito por uma rede muito maior de estabelecimentos.
“Você não engessa o colaborador. Na Swile, por exemplo, operamos com a bandeira Mastercard. Isso significa que o nosso cartão é aceito em mais de 4 milhões de estabelecimentos. Outro ponto é: com o arranjo aberto, democratizamos o acesso aos benefícios, já que estamos falando de taxas muito menores cobradas dos estabelecimentos que aceitam o cartão. No arranjo fechado as taxas são abusivas”, enfatiza Júlio.
Comunicação interna e seu impacto na cultura e engajamento
Daniela Valverde (Gerente Sênior de Comunicação Brasil e Cone Sul na Coca-Cola)| Rozália Del Gaudio (Professora no MBA ABERJE/ FGV e no Programa de Gestão de Estratégia em Comunicação Organizacional e Relações Públicas da ECA/USP) | Sara El Kadri (Gerente de Comunicação Corporativa e Marca da Suzano)
As palestrantes iniciam a conversa falando sobre a importância de falar sobre Comunicação Corporativa na área de recursos humanos, e trazem dados sobre o impacto do esclarecimento da estratégia da empresa para todos os colaboradores.
“É importante que os colaboradores conheçam as estratégias, saibam como executá-las e tenham o devido reconhecimento após cumpri-las”, afirma Rozália Del Gaudio.
Ela mostra como os resultados de uma boa comunicação interna refletem na reputação das empresas, nesse raciocínio, mostra como as tecnologias podem facilitar essa boa comunicação. Para isso acontecer, Rozalia pontua quatro desafios para cumprir com esse objetivo, mapeados por uma pesquisa da Aberje.
- Engajar a liderança para a comunicação;
- Fazer a comunicação chegar nos públicos operacionais;
- Comunicar a estratégia e a cultura;
- Gerenciar o acesso de informação.
Após a introdução de Rozalia, Sara El Kadri inicia sua fala destacando o desafio de engajar a liderança e gerenciar o acesso de informação. A gestora da Suzano conta que sempre em tomadas de decisões e estratégias são apresentadas separadamente para a liderança e para o resto da organização, de forma que a diretoria tome posse dos assuntos e possa levar para as outras partes da empresa, e poder falar de resultados, sustentabilidade, cultura da empresa, abrindo esses temas para discussão entre os colaboradores.
“É muito legal porque a diretoria fala de forma espontânea, as pessoas se sentem seguras para levar os seus questionamentos e dúvidas”, conta.
Daniela, Gerente Sênior de Comunicação Brasil e Cone Sul na Coca-Cola, conta como funcionou a reestruturação organizacional da empresa e quais os desafios que cercaram esse período.
“Abrir esse espaço pras perguntas foi muito importante, a gente sabe que nesse processo de mudança, as pessoas querem as respostas e isso é muito importante”, destaca Daniela.
Para reestruturar a comunicação, o primeiro passo foi organizar o calendário de eventos corporativos da unidade de negócios, de forma com que todos possam compreender as informações e queiram se integrar entre si, conta a gestora.
Lidar com vários países e línguas diferentes, trouxe o desafio de aproximar os conteúdos de cada país dos outros. A linguagem e os códigos de cada país facilitaram na identificação dos colaboradores em suas funções para cada estratégia.
Prioridades Estratégicas de RH
Ana Buchaim (Vice Presidente de Pessoas, Marketing, Comunicação, Sustentabilidade e Investimento Social da B3) | Jason Ward (Vice Presidente de Pessoas,Clientes e ESG na Azul Linhas Aéreas)| Sandro Araújo (SR Director na Gartner HR Practice)
Nessa palestra, os dados foram os mediadores. Sandro Araújo inicia a discussão trazendo questionamentos sobre como estão utilizando a tecnologia em favor do desenvolvimento de pessoas.
“O que faz a diferença na transformação digital é a rapidez com que nossa cultura consegue se adaptar a essas novas demandas de mercado”, introduz.
Uma lista de dez prioridades para trabalhar dentro das organizações aparece no telão e Sandro começa a discutir os tópicos com os outros palestrantes.
Ana Buchaim fala que cada organização possui suas dores maiores dentro dessa lista, e que após a pandemia, o papel das lideranças no trabalho dessas prioridades aumentou.
“A gente tem feito uma transformação pró ágil, que não é fácil e leva muito tempo. Não dá pra falar isso sem falar da diversidade, inclusão e equidade, que são assuntos que deveriam ter sido falados há muito tempo e só estão sendo discutidos agora”, ressalta Ana.
Ao contar sobre as mudanças necessárias durante a reestruturação da B3, Ana conta quais estratégias foram implementadas nesse processo, uma delas foi a implementação do sistema híbrido.
“A cultura foi o motivo principal para implementação do sistema híbrido. Vamos falar sobre, experiências de aprendizagem, como exemplo do 70,20,10. 10% a gente vai sentar, ler e aprender, 20% com alguma instrução e mentoria, mas 70% é colocando a mão na massa. Pra gente o mais importante agora, é manter uma cultura coesa, com as pessoas entendendo suas funções e que a gente tenha um perfil de desenvolvimento”, destaca.
Jason Ward conta como a mentalidade de dono, em todos os colaboradores, influencia na produtividade das pessoas na empresa. Cada tripulante precisa se sentir próximo da marca e dos valores da marca.
Nosso Meio no CONARH 2023
Com um time presente no evento, o Nosso Meio está fazendo uma cobertura completa da programação de um dos maiores eventos de gestão de pessoas do mundo. Em todas as redes sociais, no portal e no Youtube, a plataforma está comprometida em entregar um conteúdo de qualidade para os apaixonados por Recursos Humanos, cultura e diversidade.
Os nossos parceiros embarcaram nessa jornada com a gente, são eles: ABRH-CE, Amar.elo Saúde Mental, BSCash, Lucrativia e Unimed Fortaleza.
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Cultura ágil e inovação na comunicação são temas presentes no primeiro dia de CONARH 2023
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